Os serviços de imigração dos Estados Unidos investigam nas redes sociais desde o início do ano os candidatos a visto de entrada no país, revelou nesta quarta-feira, em Washington, o secretário de Segurança Interna, Jeh Johnson.
"Começamos a consultar as redes sociais" sobre certos pedidos de entrada no território americano, disse Johnson em entrevista coletiva, sem precisar em que consiste a pesquisa.
"É algo que devemos fazer, mas há limites legais", em particular quando aparecem "comunicações nas quais está envolvido um cidadão americano".
Alguns dos conteúdos das redes sociais "estão abertos", e outros são "privados", destacou Johnson.
O tema da verificação do perfil nas redes sociais dos candidatos a visto veio à tona com o caso Tashfeen Malik, autora junto com seu marido, Syed Farook, do massacre de San Bernardino, na Califórnia, que deixou 14 mortos no dia 2 de dezembro.
Tashfeen Malik obteve em julho de 2014 visto de entrada nos Estados Unidos para casar com Syed Farook, que tinha nacionalidade americana, quando o casal já havia discutido online sobre jihad e martírio.
"Trata-se de mensagens privadas diretas" e não de mensagens acessíveis ao público, disse na quarta-feira o diretor do FBI, James Comey, segundo a imprensa americana.
Europeus devem ser senhores de seus dados pessoais, diz autoridade da UE¹
Cidadãos europeus serão "senhores" de seus dados pessoais após a União Europeia ter fechado acordo para reforma de proteção de dados que lhes dará mais voz sobre como as companhias usam suas informações, disse uma alta autoridade da UE nessa quarta-feira.
Sob a nova lei firmada por parlamentares europeus, Estados membro e a Comissão Europeia na véspera, as empresas terão que pedir aos cidadãos consentimento inequívoco e podem ser multadas em até 4 por cento das receitas globais se infringirem a lei.
Vera Jourova, Comissária de Justiça da UE, disse que "já era tempo" de a lei ser atualizada para negócios e indivíduos.
"Cidadãos devem ter mais possibilidades, mais chances de serem senhores de seus dados pessoais, serem informados sobre o que alguém faz com seus dados", ela disse em uma entrevista.
Preocupações sobre privacidade incluem onde os dados são armazenados e como as empresas analisam e direcionam anúncios. Enquanto empresas como Google e Facebook já solicitam permissão das pessoas para manter e usar dados, o atual conjunto de leis é menos rigoroso quando a permissão das pessoas deve ser pedida.
¹com Reuters