Bombardeiros e navios de guerra da China realizaram exercícios perto de Taiwan nesta segunda-feira, as manobras militares mais recentes perto da ilha autoadministrada que uma autoridade graduada dos Estados Unidos denunciou como uma “coerção” e uma ameaça à estabilidade na região.
Os EUA não têm laços formais com Taiwan, mas a lei os obriga a ajudar a proporcionar à ilha os meios para se defender e são sua principal fornecedora de armas.
A China intensificou a pressão sobre Taiwan, cuja presidente, Tsai Ing-wen, Pequim suspeita de incitar a independência formal da ilha – uma linha vermelha para a China, que jamais descartou do uso da força para submetê-la ao seu controle.
“Qualquer tentativa de influenciar Taiwan através de ameaças ou coerção, acreditamos, desestabiliza a região e ameaça a estabilidade no Estreito de Taiwan”, disse James Moriarty, presidente do Instituto Americano de Taiwan, em uma cerimônia para marcar as últimas quatro décadas de relações EUA-Taiwan.
O Exército Popular de Libertação chinês disse que seus bombardeiros, navios e aeronaves de reconhecimento realizaram “exercícios necessários” ao redor de Taiwan nesta segunda-feira, embora os tenha descrito como rotineiros.
Nos últimos anos, a China realizou diversas vezes o que chama de “patrulhas de cerco de ilha”.
Taiwan enviou caças e navios para monitorarem as forças chinesas, disse seu Ministério da Defesa, acusando Pequim de “tentar mudar o status quo do Estreito de Taiwan”.
Moriarty disse que “sobrevoar a ilha com caças e bombardeiros, presumivelmente em conexão com o que estamos fazendo esta tarde, certamente não ajuda em nada”.
“Isso afeta a estabilidade. Prejudica o relacionamento através do estreito. Prejudica qualquer tentativa de China de conquistar corações e mentes do povo de Taiwan”, disse ele aos repórteres na nova sede de 256 milhões de dólares do instituto, na prática a embaixada norte-americana em Taiwan.