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EUA cometem um erro ao politizar o petróleo, diz ministro do Irã

Os Estados Unidos cometeram um erro grave ao politizar o petróleo e usá-lo como uma arma, disse o ministro do Petróleo do Irã, Bijan Zanganeh, durante uma sessão parlamentar nesta terça-feira, de acordo com a Agência de Notícias da República Islâmica (Irna).

Os preços do petróleo atingiram seu nível mais elevado desde novembro nesta terça-feira, depois que Washington anunciou que todas isenções sobre sanções à importação de petróleo do Irã terminarão na semana que vem, pressionando importadores a pararem de comprar de Teerã e restringindo ainda mais o suprimento global.

Zanganeh acrescentou que os EUA não conseguirão reduzir as exportações iranianas de petróleo a zero.

“Com todo o nosso poder, trabalharemos para romper as sanções da América”, afirmou Zanganeh no Parlamento, segundo a Agência de Notícias dos Estudantes Iranianos (Isna).

Na segunda-feira, os EUA exigiram que os compradores de petróleo iraniano parem com os negócios junto ao país até 1° de maio para não enfrentarem sanções, encerrando um período de seis meses de isenções que permitiram que os oito maiores clientes do Irã, a maioria da Ásia, continuassem importando quantidades limitadas.

Após o anúncio da medida, a Casa Branca disse estar trabalhando com a Arábia Saudita e os Emirados Árabes Unidos para assegurar que os mercados de petróleo estejam “adequadamente supridos”, mas operadores temem uma redução nos suprimentos.

Zanganeh disse que “a América cometeu um erro grave ao politizar o petróleo e usá-lo como uma arma no estado frágil do mercado”.

Segundo ele, o mercado de petróleo é imprevisível e o anúncio pelos Estados Unidos e seus parceiros sobre a intenção de manter os preços da commodity estáveis é um sinal da preocupação com o tema, ainda segundo a reportagem da Isna.

Parlamentares do Irã autorizam ação firme contra atos "terroristas" dos EUA

O Parlamento do Irã aprovou um projeto de lei nesta terça-feira que pede que o governo adote medidas duras para reagir a “ações terroristas” de forças dos Estados Unidos, noticiou a televisão estatal, retaliando a inclusão da Guarda Revolucionária de elite do país em uma lista negra de Washington.

No dia 8 de abril, o presidente Donald Trump designou a Guarda Revolucionária como um grupo terrorista estrangeiro, uma decisão inédita que provocou repúdio iraniano e temores de ataques retaliatórios contra forças dos EUA.

Teerã reagiu à designação, que entrou em vigor em 15 de abril, classificando o Comando Central dos EUA (Centcom) como uma organização terrorista e o governo norte-americano como um patrocinador do terrorismo.

“O projeto de lei autoriza o governo a adotar medidas firmes e retaliatórias contra atividades terroristas de forças americanas que ameacem interesses do Irã”, disse a rede de TV.

“O governo deveria usar medidas legais, políticas e diplomáticas em resposta às ações americanas.”

Extremamente leal ao líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, a Guarda Revolucionária é uma força poderosa que controla a maior parte da economia iraniana e exerce influência política no fracionado establishment clerical do país.

A agência de notícias semioficial Tasnim disse que cerca de 168 dos 210 parlamentares presentes votaram a favor do projeto de lei.

As tensões entre Teerã e Washington estão crescendo desde o ano passado, quando Trump retirou os EUA de um acordo nuclear de 2015 entre o Irã e seis grandes potências e reativou sanções contra o regime.

Nos últimos anos, houve confrontos periódicos entre a Guarda Revolucionária e os militares dos EUA no Golfo Pérsico.

O novo comandante-chefe da Guarda Revolucionária, Hossein Salami, indicado depois da inclusão da força na lista negra dos EUA, já alertou no passado que o Irã poderia usar seus mísseis balísticos e de cruzeiro, drones, minas, lanchas e lançadores de mísseis na área do Golfo Pérsico para confrontar os EUA.

 

 

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