A China tem a "obrigação" de participar das negociações sobre desarmamento nuclear, reiniciadas por Rússia e Estados Unidos na segunda-feira (22), afirmou o negociador americano Marshall Billingslea.
"Eles (China) têm a obrigação de negociar, de boa-fé, conosco e com os russos", declarou o americano.
Com sua ausência nesta reunião, "a China não enfrenta apenas Estados Unidos e Rússia, mas o mundo inteiro", acrescentou o diplomata americano.
O presidente americano, Donald Trump, pressiona para que Pequim participe em um futuro acordo que substituiria o tratado bilateral New START, concluído em 2010 e que expira em 5 de fevereiro de 2021.
Na segunda-feira aconteceu a primeira sessão de negociações entre Estados Unidos e Rússia para tentar avançar sobre a questão. O New START é considerado o último acordo nuclear em vigor, no momento em que os arsenais dos dois países estão abaixo de seus níveis da Guerra Fria, já que Trump retirou Washington de outros três acordo internacionais sobre desarmamento.
Marshall Billingslea disse que teve uma conversa "franca" com o vice-ministro russo das Relações Exteriores, Sergueï Riabkov, sobre "o que seria um acordo entre os três países".
O americano admitiu que seus pontos de vista divergem, mas garantiu que as negociações devem continuar e que um novo encontro acontecerá "no fim de julho ou início de agosto".
A Rússia considerou nesta terça-feira "pouco realista" a insistência do governo dos Estados Unidos para incluir a China nas negociações sobre o desarmamento.
"Estados Unidos não abandonaram a posição de incluir a China. Da nossa parte, explicamos de forma detalhada por quê consideramos pouco realista contar com a participação da China", disse Riabkov, de acordo com a agência Ria Novosti.