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EUA avaliam enviar mais soldados a seus aliados da OTAN ante tensão com Ucrânia

Os Estados Unidos estão avaliando enviar até 5.000 soldados a seus aliados no Báltico e leste europeu, enquanto aumentam as preocupações de que a Rússia possa invadir a Ucrânia, noticiaram nesta segunda-feira (24) veículos americanos.

A possível mobilização poderia envolver entre 1.000 e 5.000 soldados, juntamente com unidades navais e aviões, segundo o jornal The New York Times. Ainda de acordo com o jornal, o número poderia aumentar consideravelmente se as condições se deteriorarem.

A CNN reportou que o Pentágono está identificando quais unidades iriam, mas a decisão final sobre o envio não foi tomada. A opção surgiu em conversas sobre a crise ucraniana entre o presidente Joe Biden e seus assessores, incluindo o secretário da Defesa, Lloyd Austin, durante o fim de semana. Funcionários americanos disseram, sob a condição do anonimato, que estão consultando aliados sobre possíveis deslocamento e estudando todos os cenários.

A OTAN informou nesta segunda que estava enviando aviões e navios para reforçar a área do leste europeu. Estados Unidos, Reino Unido e Austrália determinaram que as famílias de seus diplomatas deixem Kiev.

Isto depois de que os diálogos entre Rússia, americanos e europeus fracassaram na semana passada em obter avanços significativos. Nesta segunda-feira, Biden manterá uma videoconferência com vários dirigentes europeus sobre a situação na Ucrânia.

Crise na Ucrânia: OTAN anuncia envio de reforços militares ao leste da Europa

As incertezas de um confronto militar na Ucrânia continuam mantendo o mundo em suspense. Países da OTAN anunciaram nesta segunda-feira (24) o envio de reforços militares para o leste da Europa.

Moscou diz que ação é exagerada, mas impõe condições para uma desescalada da crise. Conselheiros políticos da Rússia, Ucrânia, França e Alemanha se encontram na quarta-feira (26) em Paris para discutir a crise entre Moscou e os países ocidentais sobre o destino da ex-república soviética.

A Rússia desmente que planeje uma invasão da Ucrânia, mas mobilizou mais de mil tropas e armamentos pesados na fronteira entre os dois países. Já os líderes ocidentais não conseguem chegar a um acordo sobre como reagir caso o ataque russo se concretize.

Os países da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) vão reforçar a capacidade de defesa no leste da Europa, com o envio de aviões e navios para contrabalançar a concentração de tropas russas na fronteira com a Ucrânia, anunciou a instituição nesta segunda-feira.

Os países da Aliança "estão colocando suas forças em estado de alerta e enviando navios e aviões de combate adicionais da OTAN no Leste Europeu, reforçando a dissuasão e a defesa", disse a Aliança Atlântica em um comunicado.

"A OTAN continuará tomando todas as medidas necessárias para proteger e defender todos os aliados, inclusive reforçando a parte oriental da Aliança", afirmou seu secretário-geral, Jens Stoltenberg, na nota. A organização destacou que a Espanha "está enviando navios para se juntarem às forças navais da OTAN e está considerando enviar aviões de combate para a Bulgária", entre outras iniciativas.

"A Dinamarca enviará uma fragata para o Mar Báltico e mobilizará quatro caças F-16 na Lituânia em apoio à missão de vigilância aérea da OTAN na região", acrescentou a aliança militar. Do mesmo modo, completa a nota divulgada, a França "manifestou sua disposição de enviar tropas para a Romênia sob o comando da OTAN".

Enquanto isso, a Holanda enviará "dois caças F-35 para a Bulgária, a partir de abril, para apoiar as atividades de vigilância aérea da Aliança Atlântica na região e colocará um navio e unidades terrestres de prontidão para a Força de Resposta da OTAN".

O principal aliado da organização, os Estados Unidos, "também deixou claro que planeja aumentar sua presença militar na zona leste da Aliança", disse Stoltenberg.

Moscou reage O Kremlin reagiu ao anúncio e acusou OTAN e Estados Unidos, também nesta segunda-feira, de "exacerbarem" as tensões, ao decidirem enviar navios e aviões de combate para a Europa Oriental. "As tensões se exacerbaram com os anúncios e as ações muito concretas por parte dos Estados Unidos e da OTAN", disse o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, à imprensa.

"As autoridades ucranianas concentram um número considerável de forças e meios na fronteira" dos territórios que descreveu como "repúblicas" e advertiu que essa situação "sugere a preparação de ações ofensivas".

"Tudo isso leva a uma situação em que as tensões aumentam", insistiu Peskov, acrescentando que a existência de um "clima agressivo" na Europa é uma "realidade". Nessa crise, que segue em escalada, os países ocidentais acusam a Rússia de enviar tanques, artilharia e cerca de 100.000 soldados para a fronteira com a Ucrânia para se preparar para um ataque.

A Rússia nega qualquer intenção bélica, mas condiciona a desescalada à assinatura de tratados que garantam a não expansão da OTAN, em particular para a Ucrânia, assim como a retirada da Aliança Atlântica do Leste Europeu.

Os ocidentais consideram tais demandas inaceitáveis. Estados Unidos e União Europeia ameaçaram Moscou com "consequências em massa" se a Rússia invadir a Ucrânia, embora chegar a um consenso sobre medidas duras entre os 27 membros do bloco europeu seja uma tarefa complexa.

O governo francês desaconselha as viagens para a Ucrânia que não tenham caráter urgente. O Departamento de Estado americano ordenou no domingo a saída das famílias de diplomatas americanos de Kiev, "devido à ameaça persistente de uma operação militar russa".

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