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EUA acusam três norte-coreanos de invasão cibernética para roubar US$1,3 bi

Os Estados Unidos acusaram formalmente três programadores de computador norte-coreanos de uma invasão cibernética que almejava roubar mais de 1,3 bilhão de dólares em dinheiro e criptomoeda, afetando empresas que vão de bancos a estúdios de cinema de Hollywood, informou o Departamento de Justiça nesta quarta-feira.

O indiciamento aponta que Jon Chang Hyok, de 31 anos, Kim Il, de 27, e Park Jin Hyok, de 36, roubaram dinheiro enquanto trabalhavam para os serviços de inteligência militar da Coreia do Norte. Park já havia sido alvo de uma queixa revelada em 2018.

Kristi Johnson, diretora-assistente do FBI a cargo do escritório de Los Angeles, disse em uma entrevista coletiva por telefone que se acredita que todos os três estão na Coreia do Norte. A missão norte-coreana na Organização das Nações Unidas (ONU) em Nova York não respondeu de imediato a pedidos de comentário, e não foi possível encontrar detalhes de contatos do trio de imediato.

O Departamento de Justiça disse que os hackers são responsáveis por uma variedade de atividades criminosas e invasões de grande destaque, incluindo o ataque retaliatório de novembro de 2014 à Sony Pictures Entertainment pela produção de "A Entrevista", que retrata o assassinato do líder norte-coreano.

O grupo supostamente visou funcionários da AMC Theatres e invadiu computadores da Mammoth Screen, empresa britânica de cinema que estava trabalhando em uma série dramática sobre a Coreia do Norte.

O Departamento de Justiça também alegou que o trio participou da criação do WannaCry 2.0, ransomware destrutivo que prejudicou especialmente o Serviço Nacional de Saúde do Reino Unido quando foi desencadeado, em maio de 2017.

O indiciamento culpa os hackers por invadirem bancos do sul e do sudeste da Ásia, do México e da África penetrando nas redes das instituições financeiras e violando protocolo Swift para roubar dinheiro. Eles também teriam usado aplicativos mal-intencionados entre março de 2018 e setembro de 2020 visando aplicativos de criptomoedas.

A quantidade total de dinheiro roubada pelos hackers não está clara, mas em alguns casos os roubos foram ou impedidos ou revertidos. Mas as cifras são consideráveis – só em um roubo de 2016 no Banco de Bangladesh os hackers supostamente levaram 81 milhões de dólares.

No total, a Coreia do Norte gerou estimados dois bilhões de dólares usando intrusões digitais "generalizadas e cada vez mais sofisticadas" em bancos e bolsas de criptomoedas, de acordo com um relatório que especialistas independentes que monitoram sanções internacionais a Pyongyang apresentaram à ONU em 2019.

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