Um grupo ligado aos extremistas do "Estado Islâmico" (EI) no Egito afirmou nesta quinta-feira (16/07) que afundou um navio militar egípcio ancorado no Mar Mediterrâneo próximo à costa de Israel e da Faixa de Gaza.
O grupo "Província do Sinai" teria disparado um míssil contra a embarcação. Fotos publicadas nas redes sociais pelos terroristas mostram um navio em chamas. Os combatentes da organização concentram seus ataques contra soldados egípcios e a polícia local. Segundo fontes militares, os combatentes fugiram após disparar contra o barco.
As forças de segurança do Egito confirmaram o ataque. O porta-voz do Exército general Mohammed Samir disse que o navio pegou fogo após uma troca de tiro com "terroristas" e acrescentou que não houve vítimas fatais entre os tripulantes. Ele não deu detalhes sobre feridos, a proporção do dano e o tipo da embarcação atingida.
O ataque ao navio é o primeiro desse tipo realizado pela organização e revela uma evolução nas capacidades militares do grupo. No ano passado, a milícia "Província do Sinai" que espalha terror na região desde que o ex-presidente Mohammed Morsi foi deposto em 2013 declarou lealdade ao EI.
Em apenas um único dia início de julho, confrontos e ataques deixaram mortos cerca de 100 militantes e pelo menos 17 integrantes das forças de segurança.
Os militares egípcios declararam em um comunicado que uma lancha da guarda-costeira trocou tiros com “elementos terroristas”, o que fez com que a embarcação pegasse fogo. Segundo o Exército, não houve mortes.
No ano passado o grupo Província do Sinai, facção militante mais violenta do Egito, jurou lealdade ao Estado Islâmico, que controla grandes porções de território na Síria e no Iraque e ainda atua na Líbia, vizinha do Egito. Recentemente, o grupo realizou ataques de grande porte que levaram a elaboração de uma lei abrangente antiterrorismo.