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Empresas americanas reconsideram presença na China por guerra comercial

Muitas empresas americanas presentes na China sofrem os efeitos das tarifas de importação da guerra comercial entre Washington e Pequim, o que deve forçá-las a deixar o país ou a reorientar seus negócios, indicam uma pesquisa divulgada nesta quarta-feira.

A pesquisa da Câmara de Comércio Americana na China e sua organização associada em Xangai descreve um panorama sombrio para as empresas americanas. De acordo com a sondagem, 75% dos 250 entrevistados responderam que o aumento das tarifas de importação têm "impacto negativo" em seus negócios porque reduziram a demanda, uma consequência do aumento dos custes de produção e dos preços.

Quase metade dos ouvidos citaram experiências com medidas de represália não tarifárias na China desde o ano passado: um em cada cinco menciona o aumento nas inspeções e um índice similar cita a desaceleração nos procedimentos da alfândega.

E 14% reclamam de outras complicações derivadas do aumento da supervisão burocrática e do rigor com a regulamentação. Até o momento, as duas maiores economias do mundo aplicaram reciprocamente tarifas sobre produtos por mais de 360 bilhões de dólares.

A pesquisa, realizada de 16 a 20 de maio, mostra que 35% das empresas pensam em adotar uma estratégia "na China e para a China", com fornecimento dentro do país e concentração no mercado interno.

Mais de 40%, no entanto, afirmaram considerar ou transferir os centros de produção para outro país, com o México e o sudeste asiático como alternativas preferidas.

Menos de 6% citaram uma mudança para os Estados Unidos ou considerar a ideia, o que mina as esperanças do presidente Donald Trump de que as empresas americanas voltem a produzir em seu país.

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