Os líderes chineses precisam "educar e fiscalizar estritamente" seus filhos e membros da família e não descansar sobre suas conquistas em meio à luta contra a corrupção, disse o presidente da China, Xi Jinping, em um encontro da elite do Partido Comunista.
Desde que assumiu o poder, há três anos, Xi embarcou em uma campanha abrangente contra a corrupção profundamente enraizada no Estado e alertou, como também outros líderes antes dele, que a própria sobrevivência do partido estava em risco.
Dezenas de altos funcionários foram destituídos, incluindo o poderoso ex-dirigente do partido em âmbito nacional Zhou Yongkang, dois altos oficiais militares aposentados, Xu Caihou e Guo Boxiong, um assessor do ex-presidente aposentado Hu Jintao, chamado Ling Jihua, e o chefe do partido na metrópole de Chongqing, Bo Xilai.
Em declarações no Politburo, um órgão de elite do partido com 25 membros que está um degrau abaixo do Comitê Permanente que tem o poder de fato, Xi disse que seus membros precisam evitar um "sentimento de superioridade por causa de seu poder ou status".
Em comentários divulgados pela agência de notícias estatal Xinhua na noite de terça-feira, Xi pediu aos membros do Politburo que "eduquem e supervisionem estritamente seus filhos e outros membros da família, bem como subordinados, para corrigir os seus problemas em tempo hábil".
O Politburo também tem de aprender as lições de Zhou, Xu, Guo, Ling e Bo, disse ele.
"Ao investigar seriamente a sua má conduta e puni-los em conformidade, o partido honra sua responsabilidade para consigo, o país, o povo, e história", disse Xi, de acordo com a mídia estatal.
Os membros da família dos políticos estão frequentemente envolvidos em escândalos políticos na China. A esposa de Bo foi presa pelo assassinato de um empresário britânico, enquanto vários membros da família de Guo, Zhou e Ling estão implicados em casos de corrupção.
Xi disse que os membros do Politburo também precisam ficar longe de gostos vulgares e ser um bom exemplo para os outros.
China suspende operações de câmbio de alguns bancos estrangeiros, dizem fontes
O banco central da China suspendeu pelo menos três bancos estrangeiros de realizar algumas operações de câmbio até o final de março, afirmaram à Reuters nesta quarta-feira três fontes que haviam visto os comunicados de suspensão.
Entre os serviços suspensos estão a liquidação das posições à vista para os clientes, disseram as fontes.
As fontes, que falaram sob a condição de que os bancos não seriam revelados, disseram que os avisos enviados pelo Banco do Povo não forneceu razões para a suspensão.
As fontes disseram ainda que os bancos poderiam ter sido alvo da suspensão devido à grande escala de seus negócios estrangeiros.