O ditador norte-coreano, Kim Jong Un, prometeu reforçar o arsenal nuclear de seu país, em discurso de encerramento do congresso do partido no poder, anunciou nesta quarta-feira a imprensa oficial, a uma semana da posse do novo presidente americano.
"Ao reforçarmos nosso arsenal de guerra nuclear, devemos fazer todo o possível para construir o Exército mais poderoso", declarou Kim durante o Congresso do Partido dos Trabalhadores, segundo a agência de notícias oficial KCNA.
Ao longo do evento, que durou oito dias, duas vezes mais do que o último, realizado em 2016, Kim Jong Un arremeteu contra os Estados Unidos, país que classificou como "principal obstáculo ao desenvolvimento da nossa revolução e nosso principal inimigo".
"A verdadeira intenção da sua política para a República Democrática da Coreia do Norte não mudará nunca, independentemente de quem estiver no poder", estimou Kim, que não mencionou o nome do presidente eleito Joe Biden.
Kim anunciou que a Coreia do Norte concluiu seus planos para desenvolver um submarino nuclear e enunciou a lista de objetivos armamentistas, como ogivas nucleares supersônicas, satélites de reconhecimento militar e mísseis balísticos intercontinentais de combustível sólido.
Os programas armamentistas do Norte aceleraram desde a chegada de Kim ao poder, entre eles a bomba nuclear mais potente até a presente data e mísseis capazes de atingir o território americano.
O avanço desses programas proibidos por várias resoluções do Conselho de Segurança das Nações Unidas levou ao fortalecimento das sanções internacionais contra Pyongyang.