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Disparo norte-coreano provocou breve suspensão de voos nos EUA

O órgão regulador da aviação americana (FAA) informou nesta terça-feira (11) ter suspendido brevemente as atividades em vários aeroportos na costa oeste na véspera após o lançamento de um novo míssil pela Coreia do Norte.

"Como precaução, a FAA suspendeu temporariamente todas as decolagens de alguns aeroportos na costa oeste na noite de segunda-feira", informou em um comunicado a agência de regulação de tráfego. "As operações foram retomadas normalmente 15 minutos depois".

O comunicado não menciona o lançamento de mísseis de Pyongyang, mas a porta-voz da Casa Branca, Jen Psaki, admitiu implicitamente em coletiva de imprensa que os dois eventos estavam relacionados. Quando perguntada sobre o lançamento de mísseis norte-coreanos e o fechamento dos aeroportos, ela respondeu que a FAA "o fez por precaução".

A FAA "vai revisar seus procedimentos", acrescentou.

A suspensão ocorreu minutos depois de a Coreia do Norte disparar um projétil às 22H27 GMT (19h27 de Brasília, 14H27 na costa oeste americana).

O "suposto míssil balístico", segundo o exército sul-coreano, percorreu cerca de 700 km a cerca de 60 km de altitude e a uma velocidade hipersônica, antes de cair no mar.

Os fãs da aeronáutica perceberam a suspensão dos voos nos Estados Unidos e publicaram nas redes sociais vários áudios de conversas entre os controladores de voo e pilotos de aviões comerciais.

Em uma delas, ouve-se um controlador em Burbank, perto de Los Angeles, pedir a um piloto que pouse por "assunto de segurança nacional".

Um porta-voz do Comando Militar de Segurança Aérea dos Estados Unidos e do Canadá (Norad) informou à AFP que o exército não emitiu nenhum alerta após o disparo norte-coreano.

"No que nos diz respeito, o lançamento do míssil foi detectado e avaliou-se que não representa uma ameaça para os Estados Unidos e o Canadá", disse o porta-voz. "Portanto, não foi emitido nenhum alerta".

Os Estados Unidos elevaram seu nível de alerta desde que a Coreia do Norte demonstrou em 2017 ser capaz de disparar mísseis balísticos rumo aos Estados Unidos.

Em 13 de janeiro de 2018, um alerta falso de míssil balístico provocou pânico no Havaí. Os habitantes receberam por engano em seus celulares instruções para buscar refúgio de imediato.

EUA impõem sanções a norte-coreanos e russos após testes de mísseis¹

Os Estados Unidos impuseram nesta quarta-feira sanções a seis norte-coreanos, um russo e uma empresa russa que seriam responsáveis ??pela aquisição de mercadorias da Rússia e da China para programas de armas da Coreia do Norte, uma ação que segue uma série de lançamentos de mísseis norte-coreanos, incluindo dois desde a semana passada.

O Tesouro dos EUA disse que as medidas têm como objetivo evitar o avanço dos programas de armas da Coreia do Norte e impedir suas tentativas de proliferar tecnologias de armas.

As sanções foram as primeiras visando especificamente os programas de armas da Coreia do Norte impostas pelo governo Biden, que tentou, sem sucesso, dialogar com Pyongyang para persuadi-la a desistir de suas bombas nucleares e mísseis.

O porta-voz do Departamento de Estado norte-americano, Ned Price, disse que os EUA continuam comprometidos em buscar a diplomacia com a Coreia do Norte.

"O que vimos nos últimos dias… apenas reforça nossa crença de que, se quisermos progredir, precisaremos nos engajar nesse diálogo", afirmou ele em uma coletiva de imprensa regular.

O Departamento do Tesouro disse que as sanções ocorreram após seis lançamentos de mísseis balísticos norte-coreanos desde setembro, violando as resoluções do Conselho de Segurança da ONU.

O subsecretário do Tesouro para Terrorismo e Inteligência Financeira, Brian Nelson, disse que as medidas visam conter o "uso contínuo de representantes no exterior pela Coreia do Norte para adquirir ilegalmente mercadorias para armas".

¹com Reuters

 

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