Ju-min Park e Matt Spetalnick
Phil Stewart
SEUL/WASHINGTON (Reuters) – A Coreia do Norte lançou um míssil no mar cedo no domingo (hora local), o primeiro teste desse tipo desde a eleição do presidente norte-americano, Donald Trump, cujo governo indicou que não dará uma resposta calibrada para evitar a escalada de tensões.
O teste parece ter sido feito com um míssil de alcance intermediário do tipo Musudan, que caiu no mar do Japão, de acordo com o Exército sul-coreano, e não seria um Míssil Balístico Intercontinental (ICBM, na sigla em inglês), que a Coreia do norte havia anunciado que poderia testar a qualquer momento.
Os Estados Unidos também informaram que se tratou de um teste de médio alcance -ou intermediário- pela Coreia do Norte, segundo o Comando Estratégico do Exército dos Estados Unidos, que acrescentou que não representa uma ameaça para a América do Norte.
“Os sistemas do Comando Estratégico dos EUA detectaram e rastrearam o que avaliamos como um lançamento de míssil norte-coreano às 16h55 (hora local)”, disse o porta-voz tenente-coronel Martin O'Donnell.
“O lançamento de um míssil balístico de alcance médio ou intermediário ocorreu perto da cidade de Kusong.”
O Comando Estratégico disse ainda que rastreou o míssil da Coreia do Norte até o mar do Japão. O órgão não especificou se o lançamento foi um sucesso ou se falhou.
O Comando acrescentou que as forças militares dos EUA “permanecerão vigilantes diante das provocações da Coreia do Norte e estão totalmente comprometidas a trabalhar de perto com aliados da República da Coreia e Japão para manter a segurança”.
Uma autoridade dos EUA, falando em condição de anonimato, disse que o governo Trump estava esperando uma “provocação” da Coreia do Norte logo após o início do mandato e considerará uma ampla gama de opções em resposta ao teste de míssil de Pyongyang, mas calibrada para mostrar a determinação dos EUA enquanto evitam a escalada da tensão. Foi a primeira vez que o país isolado testou um dispositivo do tipo desde a eleição do presidente Trump.
"Isto não foi uma surpresa", disse a fonte. "O líder da Coreia do Norte gosta de chamar a atenção em momentos como este." O teste ocorreu em meio a visita do primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, aos EUA e também após Trump conversar por telefone na semana passada com o presidente chinês, Xi Jinping.
O novo governo também pode aumentar a pressão sobre a China para que controle a Coreia do Norte, refletindo a visão expressada anteriormente por Trump de que Pequim não fez o suficiente neste front, disse a autoridade.