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Por Janaína Ribeiro
Um grupo de membros do Comitê de Relações Exteriores da Câmara dos Deputados dos EUA enviou uma carta crítica ao secretário de estado norte-americano, Mike Pompeo, questionando sua relação com o governo Bolsonaro.
O documento condena declarações de Bolsonaro aos direitos humanos, em especial às comunidades LGBT, indígena e afro-brasileira. Assinado pelo deputado Eliot L. Angel, presidente da Comissão, e mais cinco congressistas, o texto expressa preocupação no enfraquecimento do compromisso dos EUA com a democracia e os direitos humanos no país.
Em trecho da carta, Comitê se diz “perplexo” pela forte parceria entre a administração Trump e o Brasil, e pede que Pompeo levante objeções públicas e privadas sobre o comportamento de Bolsonaro, que em seus primeiros dias de mandato “tomou uma série de ações que mira grupos marginalizados”.
“Ficou imediatamente claro que declarações passadas do presidente Bolsonaro não mais se limitam à retórica”, afirma o democrata Eliot L. Engel.
Mike Pompeo compareceu a cerimônia de posse do presidente Bolsonaro, assim como elogiou a ideia de instalar uma base americana no Brasil. Em uma reunião com o diplomata Ernesto Araújo, o secretário americano chegou a discutir possível parceria sobre a crise na Venezuela e formas de reforçar as relações econômicas entre os países.
Em uma entrevista à TV, o presidente disse que tem “pré-acertada” uma visita aos EUA em março para se reunir com o presidente Trump – que após o resultado das eleições presidenciais de 2018, parabenizou Bolsonaro pela vitória e disse ter tido “uma ótima conversa por telefone”.
“Tive uma ótima conversa com o recém-eleito presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, que ganhou as eleições por uma margem substancial. Concordamos Brasil e EUA trabalharão estreitamente em matéria comercial, militar e tudo mais. Excelente conversa, dei os meus parabéns”.
Veja carta na íntegra: Prezado Sr. Secretário: Observamos com grande interesse sua recente visita ao Brasil para a inauguração do presidente Jair Bolsonaro, que, em seus primeiros dias no governo, realizou uma série de ações voltadas a grupos marginalizados, particularmente LGBT, indígenas e afro-brasileiros. Tornou-se imediatamente claro que as preocupantes declarações passadas do Presidente Bolsonaro sobre direitos humanos não estão mais confinadas à retórica. Ficamos intrigados com o fato de que, após a reunião com o Presidente Bolsonaro, uma leitura do Departamento de Estado explicou que você “reafirmou a forte parceria EUA-Brasil, enraizada em nosso compromisso comum com democracia, educação, prosperidade, segurança e direitos humanos”. Não está claro se o Presidente Bolsonaro compartilha esses valores. Se a administração Trump está de fato comprometida com essa parceria, sugerimos fortemente que você não encare o comportamento de Bolsonaro, mas levantará objeções públicas e privadas a essas ações recentes. Em 2013, o presidente Bolsonaro declarou que estava “orgulhoso de ser homofóbico” e “preferia ter um filho que é viciado do que um filho que é gay”. Dois anos antes, ele disse que “preferiria que seu filho morresse acidente de carro do que ser gay. ”Infelizmente, o antagonismo do Presidente Bolsonaro em relação à comunidade LGBT estava em plena exibição em suas primeiras horas no cargo quando ele excluiu indivíduos LGBT daqueles grupos que seriam protegidos por um novo Ministério dos Direitos Humanos. A transferência de responsabilidades do presidente Bolsonaro, que delineia territórios indígenas e terras reservadas para descendentes de ex-escravos do Ministério da Justiça para o Ministério da Agricultura – em grande parte controlados por aqueles ligados à indústria agroindustrial do país – também é extremamente preocupante. Como a Associated Press escreveu, essa decisão “provavelmente tornará praticamente impossível que novas terras sejam identificadas e demarcadas para as comunidades indígenas”. Apreciamos a importância de trabalhar com parceiros nas Américas, como o Brasil, para promover os direitos humanos e a democracia na Nicarágua, Venezuela e Cuba. Ao mesmo tempo, é essencial que os Estados Unidos continuem a defender a natureza universal dos direitos humanos falando quando os direitos de qualquer grupo marginalizado estão comprometidos. Pedimos que você fique ao lado do povo do Brasil e das Américas e se mantenha fiel ao seu compromisso declarado em relação aos direitos humanos no Brasil, opondo-se às recentes ações do Presidente Bolsonaro. Obrigado por sua atenção a este assunto urgente. Estamos ansiosos para ouvir de você. Atenciosamente, Eliot L. Engel (Democrata- NY) Presidente House Household Affairs Committee Albio Sires (Democrata – NJ) Membro do Congresso Gregory W. Meeks (Democrata – NY) Membro do Congresso David N. Cicilline (Democrata – RI) Co-Presidente LGBT Equality Caucus Lois Frankel (Democrata – FL) Co-Presidente do Comitê Parlamentar para Questões da Mulher Joaquin Castro (Democrata – TX) Membro do Congresso |
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Pode ser curioso o que falaremos aqui. Um dos maiores apoios aos regimes do Castro-Chavismo está fortemente posicionado no Congresso Americano, em especial na Câmara dos Deputados. A Deputada Nancy Pelosi (Democrata/California) , eleita presidente da Câmara dos Deputados (chamada House Speaker) é uma forte apoiadora do Castro-Chavismo.
A Senadora Colombiana Piedad Cordoba, fotografada em 2008, com o Dep. Jim McGovern (D-Mass.), apoiador aberto das FARC e do governo da Nicaragua com a House Speaker Nancy Pelosi (D-Ca). Os computadores capturados do líder Raul Reyes incluiam comprometadoras passagens da Senadora Piedad Cordoba com seu envolvimento com as FARC. Também foi uma operadora do Chavismo.
O líder das FARC e a Senadora Piedad Cordoba
Os seis membros da Câmara, que assinaram o documento para o Secretário de Estado Mike Pompeo são mebros do Partido Democrata. O memo está repleto de estereótipos típicos seguidas pea esquerda. O Editor |