A China pediu, neste sábado, que se interrompa a operação do sistema de defesa antimísseis Thaad instalado pelos EUA na Coreia do Sul e que alguns de seus equipamentos essenciais sejam desmontados, disse o embaixador da China na ONU, Liu Jiejy, no Conselho de Segurança da ONU.
“A operação do sistema Thaad não vai trazer uma solução para o problema dos lançamentos de mísseis e testes nucleares (da Coreia do Norte)”, disse Liu no Conselho, após ser anunciada a imposição de sanções contra a Coreia do Norte, devido a dois lançamentos de mísseis de longo alcance pelo país asiático.
Ele também pediu à Coreia do Norte que “deixe de fazer ações que podem escalar ainda mais as tensões”.
O diálogo é fundamental para enfrentar crise na península coreana
O ministro das Relações Exteriores da China disse no domingo que as novas sanções do Conselho de Segurança das Nações Unidas para a Coreia do Norte foram a resposta correta a uma série de testes de mísseis, mas que o diálogo é vital para resolver uma questão complexa e sensível, agora em uma "conjuntura crítica".
Wang Yi, no que ele descreveu domingo como conversas bilaterais "muito completas" com o ministro das Relações Exteriores da Coreia do Norte, Ri Yong Ho, em uma reunião regional em Manila, reportou ter dito na conversa que a Coreia do Norte não deveria realizar testes nucleares, que só provocariam tensões.
No sábado, o Conselho de Segurança das Nações Unidas aprovou por unanimidade novas sanções contra Pyongyang por conta dos testes de dois mísseis balísticos intercontinentais em julho, em medidas que podem reduzir em um terço a receita anual de 3 bilhões de dólares da Coreia do Norte com exportações.
Coreia do Norte denuncia sanções dos EUA e diz que tomará "ações justas"
A Coreia do Norte denunciou as mais recentes sanções dos Estados Unidos contra o país, dizendo que infringem sua soberania, e disse que irá tomar "ações justas", informou a agência de notícias estatal norte-coreana.
O comunicado do governo reiterou o posicionamento anterior de Pyongyang de que nunca vai negociar seu programa nuclear enquanto os Estados Unidos mantiverem uma política hostil contra a Coreia do Norte.
O comunicado não detalhou quais ações serão tomadas pelo regime.
"Não há erro maior do que os Estados Unidos acreditarem que sua terra está segura do outro lado do oceano", disse a KCNA.