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China e Japão prometem estabelecer novos laços em “guinada histórica”

A China e o Japão se comprometeram nesta sexta-feira a estabelecer laços mais estreitos, uma vez que ambos se encontram juntos em um “ponto de inflexão histórico”, assinando uma ampla gama de acordos que inclui um swap de moedas de 30 bilhões de dólares, em meio ao aumento das tensões comerciais com Washington.

O primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, e seu equivalente chinês, Li Keqiang, também combinaram que os dois países trabalharão juntos pela desnuclearização da Península Coreana.

Os pactos foram firmados durante a visita de três dias de Abe a Pequim, durante a qual os dois vizinhos procuraram explorar novas áreas de cooperação e encontrar novas maneiras de fomentar a confiança, que se fragilizou em algumas ocasiões desde que as relações diplomáticas foram reatadas em 1972.

Li disse que empresas chinesas e japonesas assinaram 500 acordos comerciais no valor de 18 bilhões de dólares durante a visita, um reflexo das “perspectivas brilhantes” para a cooperação entre os dois países.

“Da concorrência à coexistência, as relações bilaterais do Japão e da China entraram em uma fase nova. De mãos dadas com o premiê Li, gostaria de impulsionar nossos laços”, disse Abe aos repórteres depois que os dois se encontraram na manhã desta sexta-feira.

Abe deve se encontrar com o presidente chinês, Xi Jinping, mais tarde nesta sexta-feira em sua primeira cúpula sino-japonesa desde 2011. Ele voltou ao poder em 2012, quando as relações bilaterais estavam em frangalhos devido a uma disputa de ilhas no Mar do Leste da China, e a rusga territorial continua sendo uma grande fonte de atrito.

Empresas japonesas, entre elas grandes montadoras como a Toyota, esperam ver uma normalização dos laços com a China para poderem competir com concorrentes dos Estados Unidos e da Europa, e Pequim espera o endosso de Tóquio ao seu ambicioso programa Cinto e Estrada, que Xi espera fortalecer os elos comerciais e de transportes com outras nações.

Conselheiro de Trump diz que EUA querem conversas com Rússia sobre ameaça chinesa

O conselheiro de Segurança Nacional dos Estados Unidos, John Bolton, disse nesta sexta-feira que os EUA querem realizar conversas estratégicas com a Rússia sobre atividades beligerantes da China. Bolton fez os comentários em entrevista à Reuters em Tbilisi, capital da ex-República soviética de Geórgia, onde teve encontros com importantes autoridades do governo.

Bolton disse que as capacidades de mísseis da China representam uma ameaça à Rússia, uma vez que o “centro russo” está dentro do alcance desses mísseis. Ele também disse que o Tratado de Forças Nucleares de Alcance Intermediário (INF), do qual os EUA pretendem sair, é uma “relíquia da Guerra Fria”.

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