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China e Índia deslocam ‘grande número’ de forças na fronteira

A Índia admitiu nesta quinta-feira (25) que seguiu o gesto da China no envio de forças militares na fronteira disputada entre os dois países no Himalaia, após um confronto entre seus dois exércitos em meados de junho.

"Os dois lados permanecem mobilizados em grande número na região, enquanto os contatos militares e diplomáticos" para tentar resolver a crise "continuam", disse Anurag Srivastava, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Índia.

Ao mesmo tempo, o funcionário acusou a China de ter sido uma fonte de tensão ao iniciar o envio de tropas na região.

Os dois países vizinhos negaram a responsabilidade pelos confrontos de 15 de junho na região de Ladakh, no norte da Índia, que resultaram na morte de pelo menos vinte pessoas nas fileiras do exército indiano e em perdas não quantificadas do lado chinês.

O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Índia disse que "ações chinesas" na linha de fronteira disputada entre os dois países resultaram nesses confrontos.

Em 15 de junho, soldados indianos e chineses se chocaram com punhos, pedras e gravetos em um vale do deserto de alta altitude em Ladakh, o primeiro confronto entre os dois países desde 1975.

"O ponto crucial do problema é que, desde o início de maio, o lado chinês acumulou um grande contingente de soldados e armas" ao longo desta fronteira, segundo o porta-voz indiano.

Srivastava acusou a China de impedir a ação das patrulhas indianas, violando acordos para evitar conflitos entre os dois exércitos, que travaram uma guerra de fronteira em 1962 e tiveram confrontos regulares desde então.

O funcionário disse que as forças chinesas construíram "estruturas" no lado indiano da linha divisória no vale de Galwan, em Ladakh, onde os combates ocorreram em meados de junho.

A Índia teve que "mobilizar destacamentos" em resposta aos movimentos do exército chinês, disse ele.

Oficiais militares e diplomáticos dos dois países estão mantendo conversações para tentar acalmar as tensões.

A China, por sua vez, acusou as forças indianas de causar os confrontos de 15 de junho, atacando seus soldados.

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