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China cria novo sistema de comandos unificados

Vassili Kashin

O comunicado final do 3° Plenário do Comitê Central do Partido Comunista da China de 18° convocação mencionava uma próxima reforma do sistema de controle militar. Alguns detalhes das próximas mudanças recentemente apareceram em vários recursos de Internet chineses. Aparentemente, a China planeja mudanças em grande escala no sistema de comando de tropas, que são muito parecidas com as reformas realizadas na Rússia em 2008-2009.

Supõe-se que a China vai eliminar o sistema atual de sete distritos militares e três frotas, criando em vez deles cinco comandos unificados: do Nordeste, Norte, Sudeste, do Mar do Leste e do Mar do Sul. Se anteriormente cada distrito militar tinha comandos dos diferentes tipos de forças armadas, agora todas as forças armadas no território de cada distrito estarão sob um comando conjunto. Tal sistema permitirá proporcionar uma melhor interação entre os diferentes tipos de exército e forças armadas, o que corresponde aos objetivos e tarefas previamente anunciados das reformas militares em curso na China.

As próximas mudanças no sistema de administração militar já eram ativamente discutidas em literatura militar especializada na China. Elas serão o cúmulo de toda uma série de grandes reformas realizadas nos últimos anos nas Forças Armadas. Por exemplo, na tropa estão sendo gradualmente eliminados os antigos regimentos e divisões, no lugar dos quais estão sendo criadas brigadas. Está sendo alterada a estrutura de batalhões e grupos do Exército. Está sendo reduzido o número de unidades e formações de infantaria motorizada, e em vez disso estão sendo criadas unidades mecanizadas.

Relatos de exercícios militares nos últimos anos têm destacado em particular a exigência para comandantes (começando pelo nível de companhia ou batalhão) coordenar as ações de forças diferentes, em particular, apontar para alvos a aviação de ataque ou helicópteros de combate destacados para apoiar suas respectivas unidades.

Reformas igualmente amplas, ainda desde 2011, estão decorrendo na Força Aérea, onde estão sendo gradualmente eliminadas divisões de aviação, e muitos regimentos estão sendo ampliados transformando-se em brigadas com maiores números de aviões de combate. Está mudando o sistema de treinamento de combate, por exemplo, foi aumentada a independência de pilotos de aviões de combate executando tarefas de treinamento.

Aumentou significativamente o número de horas de voo em todos os tipos de aviação, os pilotos chineses estão aprendendo a realizar tarefas complexas ligadas a voos sobre o mar. A Marinha adquire oportunidades inteiramente novas com o surgimento de um porta-aviões e de tipos modernos de navios de combate de superfície, tais como os contratorpedeiros dos projetos 052C e 052D.

Graças aos esforços dos últimos anos, o Exército chinês está adquirindo oficiais e especialistas técnicos de um novo tipo, capazes de coordenar ações de diversas forças armadas. No entanto, mudanças organizacionais em tal larga escala não podem decorrer sem problemas. Na Rússia, as mudanças na estrutura organizacional das forças armadas realizado em tempo recorde levaram a muitas dificuldades e deficiências que estão sendo corrigidas agora. A liderança político-militar chinesa certamente terá em conta esses erros.

Além disso, vale notar que em reformas anteriores da estrutura das Forças Armadas a China seguiu uma abordagem gradual. Às vezes, isso levava à interrupção das reformas, a que elas não fossem finalizadas. No entanto, sob a atenção constante da liderança há uma chance de realizar as tarefas propostas com menos consequências negativas do que na Rússia.

Texto/Tradução: Voz da Rússia

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