A China ameaçou nesta terça-feira dar uma "resposta apropriada" à decisão dos Estados Unidos de classificar quatro meios de comunicação chineses como missões diplomáticas estrangeiras, acusadas de atuar como "canais de propaganda".
"Isto expõe a todos a hipocrisia da suposta liberdade de expressão e de imprensa que os Estados Unidos gostam de exibir", declarou o porta-voz do ministério chinês das Relações Exteriores, Zhao Lijian.
"Pedimos aos Estados Unidos que rejeitem esta mentalidade de guerra fria e de viés ideológico. Em caso contrário, a China não terá opção a não ser dar uma resposta apropriada à medida", completou o porta-voz.
O Departamento de Estado anunciou na segunda-feira que a China Central Television e a China News Service, assim como os jornais People's Daily e Global Times, passariam a ser considerados missões estrangeiras ao invés de meios de comunicação nos Estados Unidos.
Estas empresas se unem a outras cinco, também de origem chinesa, que foram reclassificadas da mesma maneira em fevereiro.
Com a mudança de classificação, estas organizações terão que informar os detalhes de sua lista de funcionários nos Estados Unidos e também sobre as transações imobiliárias a este Departamento do governo americano.
A produção de notícias, no entanto, não será, objeto de restrições, de acordo com funcionários do Departamento de Estado.
No fim de fevereiro, três jornalistas do Wall Street Journal foram expulsos da China em represália pelo título de um artigo publicado no jornal americano e que foi considerado racista por Pequim.
Washington respondeu com a redução do número de chineses autorizados a trabalhar para os meios de comunicação estatais da China nos Estados Unidos.