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China admite pelo menos quatro mortes e conflito com a Índia em junho

Ao menos quatro soldados chineses morreram em junho do ano passado em confrontos com soldados indianos no Himalaia, reconheceu nesta sexta-feira (19) o exército da China. Após os combates corpo a corpo, as autoridades indianas informaram 20 mortos em suas fileiras, mas a China não divulgou informações sobre baixas.

Os confrontos na fronteira no Tibete e na região indiana de Ladakh são os mais graves entre os dois gigantes asiáticos desde a guerra relâmpago de 1962, quando a China venceu facilmente a Índia. O Diário do Exército Popular de Libertação (APL), órgão oficial do exército chinês, publicou nesta sexta-feira os nomes de quatro soldados da batalha de 15 de junho de 2020 no vale de Galwan, travada sem um único tiro.

A Linha de Controle Efetivo ("Lign of Actual Control", LAC), fronteira de fato entre Índia e China, não está bem demarcada e os dois países trocam acusações sobre passagens dos limites. O jornal chinês acusa os militares indianos de terem "ultrapassado a fronteira para instalar barracas" na parte controlada pela China. "Chen Hongjun, Chen Xiangrong e Xiao Siyuan combateram corajosamente, sem medo, até o sacrifício supremo. Wang Zhuoran se sacrificou ajudando os camaradas", afirma o jornal.

Os militares chineses conseguiram "uma importante vitória" enquanto os inimigos "fugiram correndo, com as mãos na cabeça, abandonando muitos soldados mortos ou feridos", afirma o jornal. O artigo foi publicado após o acordo alcançado pelos dois países no início de fevereiro para a "retirada" de tropas desta área disputada.

Os dois países enviaram à região dezenas de milhares de soldados de reforço, assim como armas pesadas, após o confronto. Segundo uma prática antiga, para evitar um confronto militar nenhum dos dois exércitos utiliza armas fogo ao longo da fronteira. E, oficialmente, desde 1975 nenhum tiro foi disparado.

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