Não há sinais de que a China está se preparando para uma guerra propriamente dita com Taiwan, como reunir tropas ao longo de seu litoral leste, disse o chefe de defesa taiwanês nesta terça-feira, apesar dos exercícios chineses contínuos perto da ilha que a China reivindica como sua.
A democrática Taiwan criticou as manobras da China, que incluíram sobrevoos de caças na delicada linha média do Estreito de Taiwan, por vê-las como uma tentativa de intimidação.
“Os comunistas chineses continuam seus atos de provocação contra Taiwan, mas atualmente não há sinais mostrando que estão prontos para lançar uma guerra de escala total”, disse o ministro da Defesa, Yen De-fa, ao Parlamento.
Um sinal de um ataque iminente seria a mobilização de tropas de partes da China continental no leste, mas não existem indícios de que isto está acontecendo, acrescentou.
As próprias forças de Taiwan estão mantendo seus preparativos de combate de tempos de paz e não intensificaram seu estado de alerta, disse Yen, mas prometeu uma luta até o último homem para defender a soberania e a democracia da ilha.
Na semana passada, em um aparente aviso à China, o Ministério da Defesa disse que as Forças Armadas de Taiwan têm direito à legítima defesa e ao contra-ataque em meio ao “assédio e ameaças”.
Os militares taiwaneses são bem armados e bem treinados, mas não fazem sombra aos chineses, que estão acrescentando novos equipamentos avançados, como caças antirradar.
O premiê Su Tseng-chang, que também falou ao Parlamento, disse que os agressores terão que pagar um preço alto, já que o povo de Taiwan defenderá a si mesmo e à sua terra com tenacidade.
“Taiwan não cairia”, acrescentou Su, que já havia dito que brandiria uma vassoura para repelir um ataque chinês se fosse necessário e não tivesse outra escolha.
A China está irritada com o aumento do apoio dos Estados Unidos a Taiwan, o que incluiu a visita de duas autoridades graduadas: o secretário da Saúde, Alex Azar, em agosto, e Keith Krach, subsecretário de Estado para Assuntos Econômicos, neste mês.
Os EUA, que não têm laços diplomáticos com a ilha, mas são seu principal apoiador, também planejam novas vendas de armas a Taiwan.