A equipe de segurança nacional da Casa Branca pediu ao Pentágono que fornecesse opções para atacar o Irã depois que um grupo de militantes alinhados com Teerã lançou morteiros em uma área em Bagdá que abriga a embaixada dos Estados Unidos, informou o Wall Street Journal neste domingo.
O pedido do Conselho de Segurança Nacional, liderado por John Bolton, despertou profunda preocupação entre os funcionários do Pentágono e do Departamento de Estado, informou o jornal, citando ex-autoridades e autoridades atuais norte-americanas.
O Pentágono aceitou o pedido, mas não se sabe se as opções para um ataque ao Irã também foram fornecidas à Casa Branca ou se o presidente Donald Trump sabia disso.
A decisão de buscar opções contra o Irã foi motivada por um incidente em setembro no qual três morteiros foram disparados contra um bairro diplomático em Bagdá, segundo o jornal. As granadas aterrissaram em terreno aberto e ninguém ficou ferido.
Dois dias depois, militantes não identificados dispararam três foguetes que atingiram perto do consulado dos EUA na cidade de Basra, no sul, mas não causaram danos sérios.
O Departamento de Estado e o Pentágono não comentaram a reportagem. O porta-voz do Conselho Nacional de Segurança dos Estados Unidos (NSC, na sigla em inglês), Garrett Marquis, disse em um comunicado neste domingo: “O NSC coordena a política e oferece ao presidente opções para antecipar e responder a uma variedade de ameaças” e continuará a considerar “toda a gama de opções” após os ataques.
Secretário de Estado dos EUA Pompeo pede que Estados do Golfo sanem divergência
O Secretário de Estado dos Estados Unidos Mike Pompeo afirmou neste domingo que uma divergência entre o Catar e seus vizinhos do Golfo Árabe durou tempo demais.
A Arábia Saudita, os Emirados Árabes Unidos, o Bahrein e o Egito cortaram laços diplomáticos de transporte e comércio com o Catar em junho de 2017, acusando o país de apoiar o terrorismo e o inimigo deles regional, Irã, país muçulmano xiita – algo que Doha nega.
Os Estados Unidos, aliado das seis nações muçulmano sunitas, vê a divergência como uma ameaça aos esforços de conter o Irã e tem pressionado por uma frente unida do Golfo.
“Quando temos um desafio comum, disputas entre países com objetivos compartilhados nunca ajudam”, disse ele em coletiva de imprensa na capital do Catar, Doha.
Doha afirma que o boicote visa minar sua soberania.
“Esperamos que a unidade do GCC (Conselho de Cooperação do Golfo) irá aumentar nos próximos dias, semanas e meses”, disse Pompeo, acrescentando que a unidade do Golfo era essencial para uma Aliança Estratégica do Oriente Médio que também incluiria a Jordânia e o Egito.