Dois caças chineses interceptaram um avião de vigilância da Marinha dos Estados Unidos sobre o Mar do Leste da China durante o final de semana, com um chegando a até 91 metros da aeronave dos EUA, disseram duas autoridades norte-americanas à Reuters nesta segunda-feira.
As autoridades disseram que relatórios iniciais mostraram que uma das aeronaves chinesas J-10 se aproximou de um avião EP-3 dos Estados Unidos no domingo, fazendo com que a aeronave norte-americana mudasse de direção. As autoridades falaram sob condição de anonimato, porque não estão autorizadas a discutir publicamente o assunto.
Uma das autoridades disse que o jato chinês estava equipado com armas e que o incidente aconteceu a 148 km da cidade chinesa de Qingdao.
Incidentes como a intercepção de domingo não são incomuns.
Em maio, duas aeronaves chinesas SU-30 interceptaram um avião norte-americano configurado para detectar radiação, enquanto voava no espaço aéreo internacional sobre o Mar do Leste da China.
A China desconfia profundamente de qualquer atividade militar dos EUA em seu litoral.
China reforça fronteira em preparação para possível crise com Coreia do Norte, diz jornal
A China está aumentando suas defesas ao longo da fronteira compartilhada com a Coreia do Norte, o que inclui o estabelecimento de uma nova brigada de fronteira e a construção de abrigos para civis, em preparação para uma possível crise com o país vizinho, segundo o Wall Street Journal.
Pequim vem fortalecendo suas defesas ao longo da divisa norte-coreana desde o primeiro teste nuclear de Pyongyang, em 2006, inclusive erguendo uma cerca ao longo de partes da fronteira e intensificando as patrulhas.
A China também realinhou forças militares no nordeste do país, acrescentou o jornal, citando sites chineses militares e governamentais e especialistas chineses e estrangeiros.
O governo da China vem repetindo que não pode haver solução militar para a questão da Coreia do Norte, e está às voltas com um amplo programa de reorganização e modernização militar.
Na segunda-feira, o porta-voz do Ministério da Defesa chinês, Wu Qian, disse a repórteres que não poderia responder a uma pergunta "hipotética" sobre o que os militares de seu país fariam no caso de um confronto na península coreana.
Há tempos Pequim está preocupada com suas fronteiras compartilhadas e com o potencial de guerras ou distúrbios se estenderem ao território chinês, e reforçou suas defesas fronteiriças em outras áreas problemáticas, como nas divisas com Mianmar e nações da Ásia Central.