Grande parte da receita do Estado vem da arrecadação de tributária. No ano passado foram arrecadados 2,66 trilhões de reais em impostos, taxas e contribuições nos três níveis de governo.
O Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação – IBPT, realizou um estudo para identificar as possíveis perdas de arrecadação com a pandemia do coronavírus.
No início do ano havia a previsão de um crescimento do PIB de 2,32% em 2020, o que geraria uma arrecadação tributária de R$ 2,80 trilhões. Foram analisados 4 cenários de acordo com o tempo em que perdurará o isolamento social, pois neste período há a determinação governamental de fechamento de grande parte das atividades econômicas do país, permanecendo abertos somente os estabelecimentos considerados como serviços e atividades essenciais à população, como supermercados, serviços de saúde, transportes, farmácias, postos de combustíveis, restaurantes e lanchonetes, dentre outras.
O cenário de menor impacto é aquele em que o isolamento social vá até o final do mês de abril. Nesta hipótese haverá uma perda de arrecadação neste ano de R$ 741,64 bilhões ou 26,49% do anteriormente previsto.
A perda diária será de R$ 2,57 bilhões. Num outro cenário a estimativa é de que o isolamento social vá até o final do mês de maio. Nesta hipótese haverá uma perda de arrecadação de R$ 906,42 bilhões ou 32,38% do anteriormente previsto.
A perda diária será de R$ 3,14 bilhões. No próximo cenário houve a análise de que o isolamento social irá até o final do mês de junho. Assim sendo, a perda de arrecadação será de R$ 989,72 bilhões ou 35,35% em relação à previsão do início do ano, equivalendo a uma perda diária de arrecadação de R$ 3,42 bilhões.
E, por fim, houve a estimativa do cenário de isolamento social mais longo, até o final de julho. Como consequência a perda de arrecadação será de R$ 1,10 Trilhão) ou 39,32%, equivalendo a uma perda diária de R$ 3,81 bilhões.
“A situação é por demais preocupante, pois os governos estão injetando dinheiro na economia para mitigar os problemas causados pela crise sanitária e a queda sensível de arrecadação, em qualquer dos cenários, causará no mínimo uma recessão”, afirma o coordenador de estudos do IBPT, Gilberto Luiz do Amaral.
O estudo do IBPT aponta ainda as quedas médias por esfera de governo, isto é, federal, estadual e municipal. Além de detalhar os meses de maiores perdas na arrecadação, com destaque para o mês de agosto, caso haja um isolamento até o final de julho, podendo atingir até 70% naquele período. O estudo em sua íntegra pode ser acessado através do link: www.ibpt.com.br
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