A polícia colombiana retificou a informação sobre o número de mortos no atentado ocorrido em Bogotá, nesta terça-feira (15). Segundo os dados atualizados, foram dois mortos e 39 feridos, e não cinco mortos e 29 feridos, como informado inicialmente pelas autoridades.
O porta-voz da Polícia Nacional da Colômbia, Alberto Cantillo, divulgou o novo número de mortos após várias horas de caos e de, aparentemente, checagem das informações com os hospitais para onde foram levadas as vítimas. O presidente Juan Manuel Santos disse que poderiam ser três os mortos no atentado.
Um dos feridos foi o ex-ministro do Interior Fernando Londoño, que era alvo do ataque, segundo informou o presidente. "Nós condenamos esse ataque… esse governo não será desviado do caminho por esses ataques terroristas", disse o presidente. "Esse foi um ataque ao ex-ministro Fernando Londono."
Os mortos foram o motorista do ex-ministro e um policial que fazia parte de seu esquema de segurança. O ex-ministro
Londoño ficou ferido e ensanguentado, mas conseguiu sair sozinho do veículo. O estado de saúde do ex-ministro é estável.
O presidente Juan Manuel Santos disse que o ministro está "muito afetado com o que aconteceu e muito chocado com a morte de seus dois seguranças".
"Nossos corações estão com os as famílias desses dois indivíduos que morreram, dois seguranças", declarou Santos aos jornalistas e parentes dos feridos reunidos na Clínica Country, onde está internada a maioria das vítimas.
A explosão ocorreu em um bairro comercial bastante movimentado do norte da capital colombiana. Outra informação inicial que foi revista dizia que a explosão havia ocorrido em um ônibus. Soube-se depois que um homem se aproximou e colocou a bomba sobre o carro em que estava o ministro, fugindo em uma moto.
Farc
O comandante da Polícia Metropolitana de Bogotá, general Luis Eduardo Martínez, atribuiu às Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) o atentado. "A ninguém mais se pode atribuir, e temos os elementos para poder afirmar o que estamos dizendo”.
O chefe da polícia da capital não garantiu se este fato está relacionado à descoberta, pouco horas antes, de um veículo carregado com explosivos que, segundo as autoridades, a guerrilha pretendia explodir em frente à sede da polícia em Bogotá.
Também entrou em vigor nesta terça, após muitos anos de contratempos, o Tratado de Livre-Comércio entre Colômbia e Estados Unidos, que tem muitos defensores, mas também detratores em ambos países.
O atentado que atingiu o ex-ministro foi o primeiro ocorrido em Bogotá desde agosto de 2010, quando um ataque contra a Rádio Caracol deixou mais de 18 feridos.