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Base que abriga forças dos EUA no Iraque é atacada por Guarda Revolucionária do Irã, diz agência iraniana

A base aérea de Al Asad, que abriga forças dos Estados Unidos no Iraque foi alvo de ataque realizado pela Guarda Revolucionária do Irã, disse a agência de notícias iraniana Mehr, e a Casa Branca afirmou estar ciente de relatos de ataques em várias instalações dos EUA no Iraque e que o presidente Donald Trump foi informado a respeito.

O Pentágono disse que o Irã lançou vários mísseis contra militares dos EUA e forças da coalizão no Iraque e afirmou que tomará todas medidas necessárias para proteger e defender norte-americanos, parceiros e aliados na região.

Uma autoridade norte-americana disse à Reuters que potencialmente houve uma série de ataques em vários locais no Iraque, incluindo a base de Al Asad. A autoridade não deu mais informações.

Uma outra autoridade, que falou sob condição de anonimato, confirmou mais cedo à Reuters que foguetes atingiram Al Asad e que não havia ainda informações sobre danos ou vítimas. A fonte não confirmou ataques em outros locais.

“Estamos cientes de relatos de instalações dos EUA no Iraque. O presidente foi informado e está monitorando a situação de perto e consultando sua equipe de segurança nacional”, disse a porta-voz da Casa Branca Stephanie Grisham em comunicado.

Os relatos de ataques acontecem em meio às tensões com o Irã depois de um ataque de um drone militar dos EUA que matou o principal comandante militar iraniano Qassem Soleimani.

Helicópteres iraquianos aterrissam na base de Ain al-Asad 29/12/2019 REUTERS/Thaier Al-Sudani

Foguetes atingem base aérea iraquiana que abriga forças dos EUA, diz autoridade norte-americana

Foguetes foram disparados contra a base aérea de Al Asad no Iraque, que abriga forças dos Estados Unidos, disse à Reuters nesta terça-feira, falando sob condição de anonimato.

A autoridade disse que não há informação imediata sobre danos ou vítimas do ataque, em meio às tensões com o Irã depois de um ataque de um drone militar dos EUA que matou o principal comandante militar iraniano Qassem Soleimani.

De acordo com a emissora de TV iraquiana Al Mayadeen, um segundo dispositivo atingiu a base.

Norte-americanos estão mais críticos a ações de Trump contra Irã, maioria espera uma guerra

Os norte-americanos estão cada vez mais críticos em relação à forma como o presidente dos EUA, Donald Trump, está tratando a questão do Irã, depois de ter determinado a morte de um comandante militar iraniano, e a maioria dos adultos do país espera agora uma guerra em um futuro próximo entre as duas nações, segundo pesquisa Reuters/Ipsos divulgada na terça-feira.

A pesquisa de opinião feita nos Estados Unidos constatou que 53% dos adultos nos EUA desaprovam o tratamento de Trump com relação ao Irã, o que representa um aumento de cerca de 9 pontos percentuais em relação a uma pesquisa semelhante realizada em meados de dezembro.

O número de adultos que “desaprova veementemente” as ações de Trump no Irã —39%— aumentou 10 pontos percentuais em relação à pesquisa de dezembro.

A resposta ficou dividida entre partidos, com desaprovação maior em relação ao mês passado entre democratas e independentes, embora não tenha mudado entre os republicanos.

Cerca de 9 em cada 10 democratas e 5 em cada 10 independentes desaprovam as ações de Trump no Irã. Entre os republicanos, 1 em cada 10 desaprova. Um em cada 10 democratas, 4 em cada 10 independentes e 8 em cada 10 republicanos aprovam o tratamento dado por Trump ao Irã.

A pesquisa foi realizada de 6 a 7 de janeiro, logo após Trump ordenar o ataque com drones no Iraque que atingiu o comandante iraniano Qassem Soleimani e aumentou as tensões na região. O Parlamento do Iraque pediu a retirada das tropas norte-americanas do país, e no Irã populares em luto se aglomeravam nas ruas, gritando “Morte à América!”

Trump, que afirmou que Soleimani estava planejando atacar norte-americanos, argumentou que o ataque teve como objetivo evitar uma guerra com o Irã. O presidente ameaçou atacar sítios culturais iranianos se o Irã retaliar.

Segundo a pesquisa, a popularidade geral de Trump permaneceu estável após o ataque que resultou na morte de Soleimani, com 41% de aprovação de seu desempenho no cargo e 54% de desaprovação.

Os norte-americanos também pareciam estar muito mais preocupados agora com o risco de uma guerra com o Irã.

Uma pesquisa separada da Reuters/Ipsos, realizada de 3 a 6 de janeiro, constatou que 41% dos entrevistados consideram o Irã uma "ameaça iminente" para os Estados Unidos, 17 pontos acima de uma pesquisa semelhante realizada em maio de 2019.

A sondagem também mostrou que 71% dos norte-americanos acreditam que os EUA entrarão em guerra com o Irã nos próximos anos, 20 pontos acima da pesquisa de maio.

Uma minoria crescente de norte-americanos diz que agora é a favor de um “ataque preventivo” a militares do Irã. A pesquisa constatou ainda que 27% disseram que os Estados Unidos deveriam atacar primeiro, um aumento de 15 pontos percentuais em relação a maio. Outros 41% disseram que os Estados Unidos não deveriam atacar primeiro e 33% disseram que não sabem.

A pesquisa Reuters/Ipsos foi realizada online, em inglês, nos EUA e compilou respostas de 1.108 adultos na pesquisa de 6 a 7 de janeiro e 1.005 adultos na pesquisa de 3 a 6 de janeiro. Os resultados têm um intervalo de credibilidade —uma medida de precisão— de cerca de 4 pontos percentuais.

EUA estão prontos para encerrar qualquer guerra iniciada com o Irã, diz secretário de Defesa

O secretário de Defesa norte-americano, Mark Esper, disse na terça-feira à CNN que os Estados Unidos querem diminuir as atuais tensões com o Irã, mas o país está pronto para terminar qualquer guerra que possa ser iniciada.

“Não queremos iniciar uma guerra com o Irã, mas estamos preparados para terminar uma”, afirmou. “O que gostaríamos de ver é que a tensão diminua.”

 

 

 

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