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Aumento de infecções por coronavírus pressiona Forças Armadas da Europa

Forças militares de toda a Europa reduziram as operações e impuseram regras mais rígidas para tentar conter a disseminação do coronavírus entre as tropas, que muitas vezes moram e trabalham em lugares apertados, o que as torna mais vulneráveis a infecções.

Evitar a proliferação entre os militares é importante tanto para a segurança nacional quanto pelo fato de que unidades especializadas do Exército, da Marinha e da Aeronáutica estão sendo convocadas para ajudar governos a combaterem o vírus em muitos países.

A Alemanha mobilizou 15 mil soldados para ajudar as autoridades locais a enfrentarem a crise, por exemplo, e a Polônia acionou milhares de tropas para patrulharem as ruas durante o isolamento, desinfetar hospitais e ajudar o controle das fronteiras.

Os acontecimentos no porta-aviões norte-americano Theodore Roosevelt sublinharam o risco de a doença se alastrar rapidamente entre as tropas. A embarcação de propulsão nuclear de 5 mil tripulantes está atracada em Guam, um território dos Estados Unidos, para que todos possam ser examinados.

A Marinha dos EUA dispensou o capitão depois que ele escreveu uma carta expressando sua preocupação com a falta de medidas adequadas para conter a doença altamente contagiosa.

Na França, na Itália e na Espanha, algumas das nações mais atingidas pelo surto, as operações militares foram restringidas, ou, em alguns casos, suspensas.

A Alemanha alterou as regras, dispensando a chamada ou a revista de tropas e adotando a quarentena para parte dos oficiais, e as Forças Armadas turcas impuseram o distanciamento social em refeitórios e dormitórios, entre outras medidas.

No domingo, a Turquia disse que estava limitando a movimentação de tropas na Síria porque os casos de coronavírus dispararam.

“Tivemos que cancelar missões marítimas não essenciais e mobilizações, ou modificar sua abrangência”, disse o porta-voz do comando do Exército francês, coronel Frédéric Barbry, acrescentando que até agora não houve impacto na “capacidade operacional”.

Embarcações navais francesas no Estreito de Ormuz não estão mais parando em portos regionais, com exceção de Abu Dhabi, e as operações aéreas foram afetadas, já que exercícios foram cancelados e há atrasos na retirara de aeronaves de alguns locais, explicou Barbry.

Na França, 600 efetivos militares contraíam o vírus, disse o Ministério da Defesa na sexta-feira, e quatro soldados que atuam na operação Barkhane contra militantes islâmicos no oeste africano também estão infectados.

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