O instituto PEW Research Center publicou no dia 12 de Março o estudo “Why Own a Gun?” (Qual a razão de ter uma arma). A resposta surpreendente mesmo após a vasta campanha em favor de um controle de armas pela mídia americana e governo Obamaa mostra que os americanos querem ter armas para sua proteção.
Isto explica a aparente reviravolta (compare os texto dos dias 16 Janeiro 2013 com o de 19 Março 2013). E a provável derrota das propostas de Obama no Senado.
Não só eleitores republicanos. Os dados em uma perspectiva de 20 anos mostram que o eleitorado americano, incluindo os Democratas e não só os Republicanos, deu uma guinada forte contra o controle de armas e desarmamento. Em 1993 o total que apoiava o desarmamento era de 57% dos entrevistados. Em 2013 passou para 46% isto como resultado dos incidentes no final de 2012 pois estava em 42% o apoio ao controle de armas e desarmamento.
O artigo pode ser acessado em : Why Own a Gun? Protection Is Now Top Reason Link
Publicado 19 Março 2013
Controle de armas proposto por Obama será votado
em partes no Senado
A proposta que proíbe os rifles de assalto não
tem maioria para entrar em votação
O líder da maioria democrata no Senado de Estados Unidos, Harry Reid, afirmou nesta terça-feira que não submeterá à votação a proposta de controle de armas que inclui a proibição dos rifles de assalto, já que não conta com o respaldo necessário. "Atualmente a emenda (sobre a proibição das armas de assalto), e usando os números mais otimistas, conta com menos de 40 votos", indicou Reid em entrevista coletiva no Senado.
Ele lembrou que nem sequer se encontra perto dos 60 exigidos para ser levada adiante confortavelmente. No entanto, assegurou que submeterá à votação outras propostas para aumentar a verificação de antecedentes na compra de uma arma e criar um programa do Departamento de Justiça para aumentar os fundos destinados aos planos de segurança nas escolas, que serão votadas no início de abril.
A proposta de lei estava impulsionada pela também senadora democrata Dianne Feinstein e foi aprovada na semana passada no comitê judicial, mas a rejeição no plenário do Senado era esperada. "As pessoas me perguntam se estou decepcionada. Obviamente estou", explicou aos jornalistas após saber que a lei não seria votada finalmente.
Feinstein trabalhou nos últimos meses para restabelecer a proibição das armas de assalto que foi aprovada durante o mandato de Bill Clinton (1993-2001) e expirou em 2004.
Entre os principais opositores à restauração desta proibição está a Associação Nacional do Rifle, que considera que viola o direito constitucional de portar armas previsto na Segunda Emenda da Constituição.
O fracasso da iniciativa representa um grande revés para a administração do presidente americano, Barack Obama, e seu vice-presidente Joseph Biden, que lançaram uma campanha nacional para elevar os controles sobre o acesso às armas de fogo. O debate sobre as armas de assalto se intensificou após o tiroteio em uma escola elementar na cidade de Newtown em dezembro do ano passado, no qual morreram 20 crianças e seis adultos.
Publicado 16 Janeiro 2013
Conheça o plano de Obama para o controle
de armas nos EUA
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Barack Obama apresentou nesta quarta-feira um programa com 15 páginas para endurecer o controle da venda e uso de armas nos Estados Unidos. Ao lado do vice-presidente Joe Biden, encarregado de organizar a proposta, o presidente americano pediu o apoio da população para a aprovação do plano no Congresso o mais rápido possível. "Isto (o controle de armas) não irá acontecer até que os americanos exijam", disse Obama.
A proposta é dividida em quatro pontos básicos: checagem dos antecedentes criminais de quem quiser comprar uma arma, proibição de venda de armas de assalto, segurança nas escolas e aumento da cobertura médica em saúde mental. A capa do documento, intitulado “Now is the time” (agora é a hora), afirma que o objetivo das propostas presidenciais é “proteger nossas crianças e nossas comunidades, reduzindo a violência armada”.
Pente fino nos compradores
O primeiro ponto trata da eliminação das lacunas de verificação de antecedentes criminais para manter as armas longe do alcance de pessoas perigosas. Ao apresentar essa proposta, o plano ressalta que “a maioria” dos americanos compra armas legalmente e buscando autodefesa, mas, devido a falhas no sistema de verificação dos antecedentes criminais dos compradores, muitas vezes “irresponsáveis e perigosos” acabam conseguindo adquirir armas. Por isso, o governo quer submeter os compradores a um pente fino, além de fortalecer o Sistema Nacional de Checagem de Antecedentes Criminais.
Armas de assalto
O plano sugere, no segundo ponto, que seja colocada em vigor novamente a lei que entre 1994 e 2004 proibiu a venda de armas de alta capacidade, como os rifles semiautomáticos – arma usada pelo atirador que matou 26 pessoas, a maioria crianças, em uma escola de Newtown em 14 de dezembro do ano passado. Obama também quer punições mais severas para o tráfico de armas, além de manter pelo menos 15 mil policiais treinados nas ruas, melhorar os sistemas de rastreamento das armas, nomear um diretor para o Bureau de Álcool, Tabaco, Armas de Fogo e Explosivos (ATF), e analisar informações sobre armas perdidas ou roubadas.
Anualmente, aproximadamente 30 mil pessoas morrem vítimas de armas de fogo nos Estados Unidos. Ao citar esse número, o projeto defende destinar recursos para pesquisas sobre as causas da violência. Médicos e profissionais de saúde deveriam ser aliados do governo para entender as situações de risco envolvendo pacientes com distúrbios mentais. Ainda dentro do segundo ponto, o plano de Obama sugere o lançamento de uma campanha sobre a posse responsável de armas.
Segurança nas escolas
A proposta defende que as escolas estejam preparadas para responder em casos de emergência, “como um tiroteio em massa”. “O Congresso deve conceder US$ 30 milhões de uma só vez aos Estados para ajudar as escolas a desenvolver e implementar planos de gestão de emergências”, diz o documento.
Obama quer policiais fazendo exclusivamente a segurança dos centros educacionais, além de inserir profissionais especializados em saúde mental no ambiente escolar para prevenir possíveis crimes cometidos por alunos. Se aprovadas, as medidas farão parte de um novo programa de segurança que contará com aporte financeiro de US$ 150 milhões, verba que será utilizada para a contratação de profissionais e equipamentos pelas escolas.
Serviços de saúde mental
O projeto ressalta que “embora a maioria dos americanos que sofrem de doenças mentais não seja violenta”, os casos mais recentes de “fuzilamentos em massa” foram protagonizados por pessoas nessa situação. Por isso, o governo americano quer identificar esse tipo de problema mais cedo e oferecer tratamento.
Entre as propostas, está encaminhar pelo menos 750 mil jovens para tratamento, já que, de acordo com o documento, a maioria dos problemas desse tipo surge quando o indivíduo atinge 24 anos. Pela proposta governista, mais de US$ 100 milhões seriam investidos no treinamento de professores para atender crises em alunos que sofrem de alguma doença mental e auxiliar as escolas a promover programas visando esses pacientes.
Obama ainda pretende treinar pelo menos 5 mil profissionais de saúde para atender jovens em idade escolar, além de lançar um “debate nacional para elevar a compreensão sobre a saúde mental” e obrigar os planos de saúde a cobrir esse tipo de tratamento.