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Alemanha defende outros critérios sobre gasto militar da OTAN

A ministra alemã da Defesa expressou em entrevista à AFP seu desejo de que os esforços dos países da OTAN também sejam julgados por suas missões exteriores, e não apenas por seu gasto militar.

“Para mim, a questão também é saber quem dá maior valor operacional à Aliança”, disse Ursula von der Leyen, enquanto a chanceler Angela Merkel deve se reunir nesta sexta-feira em Washington com o presidente americano Donald Trump, pela primeira vez desde a eleição do magnata.

O líder americano criticou várias vezes a OTAN e exige aos membros da aliança um aumento dos gastos militares, em consonância com suas intervenções.

Em 2014, os Estados membros da OTAN acordaram aumentar seu gasto militar dentro da organização para que alcance em dez anos 2% de seu Produto Interno Bruto (PIB).

Mas, até agora, à margem dos Estados Unidos, que afirma que seu gasto na aliança é de 70%, apenas quatro países cumprem o objetivo.

A Alemanha, que destina 1,2% de seu PIB ao gasto militar, recebe uma pressão particular.

Nesta entrevista, a ministra alemã conservadora propõe introduzir um “índice de atividade” complementar que leve em conta, por exemplo, a participação de um país em intervenções militares da OTAN. O exército alemão está atualmente envolvido em várias missões exteriores.

Berlim está de acordo em alcançar a barreira de 2%, mas “sigo pensando que devemos discutir de maneira mais ampla no seio da OTAN, ou seja, para além deste objetivo”, indicou.

OTAN nega risco de ataque exterior, mas demonstra preocupação com a Rússia… – Veja mais em https://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/efe/2017/03/17/OTAN-nega-risco-de-ataque-exterior-mas-demonstra-preocupacao-com-a-russia.htm?cmpid=copiaecola
OTAN nega risco de ataque exterior, mas demonstra preocupação com a Rússia… – Veja mais em https://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/efe/2017/03/17/OTAN-nega-risco-de-ataque-exterior-mas-demonstra-preocupacao-com-a-russia.htm?cmpid=copiaecola

OTAN nega risco de ataque exterior, mas demonstra preocupação com a Rússia¹

O secretário-geral da OTAN, Jens Stoltenberg, rejeitou nesta sexta-feira que exista perigo real de que algum país membro possa ser atacado por outra potência externa, mas demonstrou sua preocupação pelas tensões com a Rússia.

"Não vemos nenhum perigo iminente de sofrer um ataque para nenhum país da OTAN, embora estejamos preocupados com a Rússia. Mas não se deve dramatizar a situação nem acentuar conflitos, é importante manter o equilíbrio e não levar a uma escalada (da tensão)", declarou o secretário-geral em entrevista coletiva em Copenhague.

Stoltenberg mencionou os ataques terroristas e o terrorismo cibernético como as principais ameaças e insistiu na necessidade de melhorar a defesa comum "em quantidade e em qualidade", aproximando-se do compromisso adquirido na cúpula de 2014 pelos países aliados de chegar a investir 2% de seu PIB em defesa até 2024.

O secretário-geral aliado se mostrou compreensivo com a dificuldade de encontrar dinheiro para aumentar o investimento em defesa e lembrou que ele mesmo a reduziu durante seu mandato como primeiro-ministro norueguês, embora depois tenha voltado a aumentá-la quando mudou a situação de segurança em nível internacional.

"Minha mensagem é que se reduzimos a despesa em defesa quando as tensões diminuem, também devemos aumentá-la quando estas crescem", afirmou em uma declaração conjunta com o primeiro-ministro dinamarquês, Lars Lokke Rasmussen.

Stoltenberg admitiu que cumprir esse objetivo representa um aumento "considerável" do investimento, apesar de ter lembrado que muitos países chegaram a esse nível já no final da década de 1990, e sustentou que a paz é uma premissa para que haja bem-estar social.

¹com EFE

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