04FEV – 21 anos da Tentativa de Golpe
O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, lamentou não estar presente na celebração nesta segunda-feira do 21º aniversário do fracassado golpe de Estado que liderou como militar em 4 de fevereiro de 1992 e pediu união ao povo em carta lida pelo vice-presidente, Nicolás Maduro.
"Quanto lamento estar ausente fisicamente do território pátrio pela primeira vez nesta luminosa data, mas assim exige esta batalha que estou travando pela plena recuperação aqui na Cuba revolucionária e irmã", afirmou Chávez na carta.
Rodeado por um grupo de artistas nacionais, Maduro leu a mensagem de sete páginas com a rubrica do governante, que permanece em Cuba desde que foi operado no último dia 11 de dezembro, por ocasião da comemoração da fracassada tentativa que liderou contra o então presidente Carlos Andrés Pérez.
"Transcorreram 21 anos desde aquele 4 de fevereiro de angústia, de coragem e sacrifício. E a marcha continua sendo dura", escreveu Chávez, que, ao parafrasear a Bolívar, assegurou que o país está avançando "a passo de vencedoras e vencedores rumo à independência definitiva, rumo à pátria socialista e libertada".
Esta é a segunda carta em sete dias enviada de Cuba por Chávez, que também se dirigiu aos participantes da cúpula da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (CELAC), de Santiago do Chile, no último dia 28 de janeiro através de seu vice-presidente.
O presidente venezuelano foi operado em dezembro pela quarta vez de um câncer e, segundo o Governo, já superou a etapa pós-operatória e uma infecção pulmonar que lhe produziu uma insuficiência respiratória.
04FEV – Cabello mostra divisões do Chavismo
Diosdado Cabello, que é o Primeiro Vice-presidente do partido oficialista PSUV e Presidente da Assembléia Nacional, apareceu vestido com uniforme militar com a divisa de tenente e pronunciou um discurso no qual foram identificadas fricções dentro do chavismo.
"Quien se salga de las líneas de instrucciones del comandante Chávez el pueblo se las va a cobrar, quien crea que va aprovechar ahora para sacar del baúl de los recuerdos aquellos viejos intereses y ponerlos ahora en la mesa porque el comandante está convaleciente se va a equivocar. Hoy más que nunca el pueblo venezolano está alrededor de su Comandante en Jefe".
"Le habló al pueblo a los ojos, esa responsabilidad y ese 'por ahora' retumban en el pueblo y la lealtad no tiene gradaciones, o somos leales o no. Estamos obligados a ser leales con el presidente Chávez, con su pensamiento, palabra y acción. No es acomodaticia la lealtad, ni para practicarla de acuerdo a la conveniencia del momento”.
05 Fev – Maduro Lança Comissão da Verdade para os crimes na democracia
O vice-presidente venezuelano, Nicolás Maduro, anunciou nesta terça-feira a criação de uma "comissão da verdade" para investigar os "crimes e assassinatos" políticos cometidos desde 1958, quando chegou ao fim a ditadura no país com um acordo entre dois partidos, até a chegada ao poder de Hugo Chávez, em 1999. Maduro fez um apelo aos chavistas para que vão às ruas no dia 27 de fevereiro para "instalar a comissão da verdade para que na Venezuela se investiguem todos os crimes e assassinatos cometidos pelo 'puntofijismo', pela democracia representativa burguesa, repressora e assassina".
O termo 'puntofijismo' se refere ao 'pacto de punto fijo', firmado pelos partidos COPEI e Ação Democrática, em 1958, para garantir a alternância no poder e, assim, a democracia no país, após o fim da ditadura militar até a primeira eleição de Chávez, em 1998. Maduro, que falou da Assembleia Nacional em rede de rádio e televisão, não deu detalhes sobre a futura composição, mas a justificou "para que haja justiça" e "seja um processo pedagógico de formação das gerações que estão por vir".
Ao final de 2011, a Assembleia Nacional aprovou uma lei para "sancionar os crimes, desaparecimentos, torturas e outras violações de Direitos Humanos por razões políticas" neste período. Segundo a historiadora Margarita López Maya, a maioria destes episódios se deram nos anos 1960, quando o governo enfrentou a luta armada de grupos esquerdistas. Nos anos seguintes, ocorreram "casos pontuais".
"É preciso reescrever as páginas da verdade dessa época horrorosa em que a barbárie burguesa investiu contra a humanidade de uma juventude idealista", defendeu Maduro, a face mais visível do governo na ausência de Chávez, hospitalizado em Cuba desde 10 de dezembro.
O governo Chávez identifica como burgueses os governos que o antecederam e a oposição atual, liderada por Henrique Capriles, do jovem partido social-cristão Primeiro Justiça, que se define como de centro.
01 e 04 FEV Maduro ameaça com um novo Caracazo(*)
O Vice-Presidente Nicolás Maduro anunciou, no dia 01FEV13, no povoado de Cúa, estado de Miranda, ameaças contra a "oligarquia", contra uma suposta "guerra econômica". O povoado de Cuá foi a origem do Caracazo em 1989.
"Si ellos lograran algún día desestabilizar nuestro país y este pueblo bravío se arrecha y volviera como el 27 y 28 de febrero a las calles, iría por ellos, iría por ellos, por esa oligarquía. No tenemos ninguna duda. Ese pueblo iría arrecho en la calle a radicalizar aún más la revolución socialista, y nosotros iríamos con ustedes a la calle también, no lo dudamos ni un segundo".
"Si ese pueblo se arrecha con esa burguesía un día y decide radicalizar esta revolución, cansado de saboteo y de campañas psicológicas. Eso sí, con la Constitución en la mano. Hay que arrecharse con la Constitución en la mano. Así que vamos a estar nosotros tomando las medidas reforzando Mercal, Pdval y los mercados a cielo abierto…".
"Nosotros tenemos la lanza de Zamora levantada porque nuestro comandante en jefe nos dijo: cuidado, no bajen la guardia, ojo frente a la oligarquía, cuidado con los traidores, cuidado con la oligarquía y la derecha, así que debemos agarrar la lanza y tenerla desenvainada (sic)".
"La burguesía comercial está pretendiendo una especie de guerra económica contra el pueblo y hemos invitado de buena fe a los empresarios del sector alimentación, y le hemos hablado y algunos han reaccionado positivamente, pero tenemos información de que algunos están en algunas jugaditas contra el pueblo", dijo Maduro al señalar que "la burguesía que pretenda jugar con el hambre del pueblo, vamos con la Ley, con todo, con la lanza del pueblo, no va haber contemplaciones, que lo escuchen bien".
Nota – nas comemorações do 4F, como chamam os venezuelanos, diversos grupos terroristas, estiveram presentes.
(*) 0 Caracazo foi uma série de graves protestos e distúrbios durante o governo de Carlos Andrés Pérez, que començou no dia 27 de fevereiro e terminou no dia 28 de fevereiro de 1989, na cidade de Caracas, que tiveram início no povoado de Guarenas, próximo de Caracas. Os conflitos dos dis 27 e 28 fevereiro envolveram Forças de Segurança ( Policía Metropolitana), Exércitoe da Guardia Nacional. As estimativas vão de 300 a 3.500 mortes.