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Dominó Árabe – Rússia diz que grupo “Amigos da Síria” encoraja extremistas

A Rússia disse nesta sexta-feira que as decisões tomadas na reunião em Roma do grupo de países Amigos da Síria, em que os Estados ocidentais prometeram ajuda aos rebeldes sírios, encorajaria os adversários do presidente Bashar al-Assad a buscar a derrubada do governo pela força.

"As decisões tomadas em Roma, bem como declarações expressas ali… encorajam diretamente os extremistas a buscar a tomada do poder pela força", disse o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Alexander Lukashevich, em comunicado.

Decisões em Roma

Os Estados Unidos anunciaram nesta quinta-feira passada uma ajuda adicional de US$ 60 milhões à oposição síria, mas sem o envio de armas, durante a conferência internacional "Amigos do Povo Sírio", realizada em Roma.

"Os Estados Unidos darão US$ 60 milhões em ajuda não letal para apoiar os esforços da oposição síria nos próximos meses", declarou o secretário de Estado John Kerry, em uma coletiva de imprensa após ter se reunido pela primeira vez com o chefe da Coalizão Nacional Síria, Ahmed Moaz al-Khatib.

"Será uma ajuda direta" aos rebeldes do Exército Sírio Livre em forma de "assistência médica e comida", acrescentou Kerry, que se disse favorável a um "apoio político". "Todos os sírios devem saber que eles podem ter um futuro. A Coalizão de oposição pode conseguir conduzir uma transição pacífica", considerou o americano.

O encontro em Roma reuniu a oposição síria e 11 países – Estados Unidos, Reino Unido, França, Alemanha, Itália, Turquia, Egito, Jordânia, Arábia Saudita, Qatar e Emirados Árabes Unidos – que apoiam a oposição ao presidente Bashar al-Assad.

Enquanto isso, a reunião da oposição síria, marcada para sábado em Istambul, para designar um "primeiro-ministro" a cargo do futuro governo dos territórios rebeldes, foi adiada indefinidamente, segundo um membro da Coalizão de oposição.

"Foi o presidente da Coalizão que tomou esta decisão de adiar a reunião. A conferência foi adiada e não há nova data definida. Não posso indicar as razões, e nem excluir o seu cancelamento", afirmou Samir Nachar, membro da Coalizão.

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