O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, prometeu nesta terça-feira mais transparência nos esforços antiterroristas do seu Governo, mas também sustentou que "quando for necessário" seguirá tomando "ações diretas" contra aqueles que forem uma ameaça para seus compatriotas.
"Minha administração se esforçou incansavelmente para criar um marco jurídico e político durável que guie as nossas operações antiterroristas", explicou Obama em seu discurso sobre o Estado da União perante o Congresso.
Além disso, o presidente detalhou que seu Governo manteve o Congresso "plenamente informado" sobre os seus esforços nessa questão.
"Seguirei trabalhando com o Congresso para garantir não só que nossa seleção de objetivos, detenção e processo de terroristas se mantenha consistente com nossas leis e sistemas de controle, mas também que nossos esforços sejam ainda mais transparentes perante o povo americano e o mundo", prometeu.
Nos últimos dias, Obama e seu Governo receberam duras críticas por um programa de uso de aviões não tripulados para eliminar supostos terroristas em território estrangeiro.
Geraram polêmica a revelação da existência de uma base secreta de "drones" na Arábia Saudita e o vazamento de um documento do Departamento de Justiça sobre a justificativa legal para matar no exterior cidadãos americanos suspeitos de terrorismo.
A "ameaça" representada pelos grupos extremistas e filiados à Al Qaeda da Península Arábica até a África "está evoluindo", advertiu Obama.
Para fazer frente a eles "é preciso ajudar países como Iêmen, Líbia e Somália para que possam ocupar-se de sua própria segurança e ajudar os aliados que brigam contra os terroristas, como fizemos no Mali", avaliou.
"E, quando for necessário e usando uma ampla categoria de capacidades, continuaremos tomando ações diretas contra aqueles terroristas que representam a ameaça mais séria contra os americanos", apontou Obama.