A União Europeia prometeu doar US$ 26,6 milhões (€ 20 milhões) para melhorar a situação da alimentação no Haiti, onde um estudo encontrou mais de 1,5 milhão de pessoas em alto risco de fome.
O acordo de assistência, assinado no dia 15 de janeiro pelo líder da delegação da UE no Haiti, Javier Niño Perez, tem como principal objetivo melhorar a situação da alimentação em cinco dos estados de mais alto risco, segundo uma declaração da UE.
No mês passado, o Haiti e as Nações Unidas pediram US$ 144 milhões para combater a fome na nação caribenha – que já era a mais pobre das Américas ao ser devastada em 2010 por um terremoto que matou mais de 250 mil pessoas.
“A situação da alimentação piorou de forma muito preocupante no Haiti”, segundo um relatório recente do Conselho Nacional de Alimentação do país.
O relatório enfatizou que nas áreas de seca, cerca de 39 por cento da população não conseguem ter acesso regular à quantidade necessária de alimentos seguros e nutritivos.
Nas áreas onde as tempestades de 2012 causaram enchentes, 17 por cento da população passam por grandes problemas de alimentação.
Durante recente visita à capital haitiana, Porto Príncipe, a comissária europeia para Assistência Humanitária, Kristalina Georgieva, disse que o Haiti “ainda não tinha encerrado” suas necessidades de ajuda, três anos depois do devastador terremoto.
O Haiti é o maior beneficiário da assistência humanitária da Comissão Europeia na América Latina e no Caribe, com aproximadamente US$ 347 milhões (€ 260 milhões) já fornecidos desde 1995.