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EMBRAER – Recuperação de vendas em 2013 com pedidos nos EUA

Nota DefesaNet – A EMBRAER recebeu a imprensa em seu almoço anual. Mais uma rodada de assuntos colocada em pauta pela atual diretoria.

Ler o comentário "EMBRAER Passo a Passo para Baixo" no Boletim DN de 07DEZ12  Link

O Editor

 


Por Brad Haynes e Cesar Bianconi


SÃO PAULO, 12 Dez  – A fabricante de jatos EMBRAER confia em recompor sua carteira de pedidos no ano que vem com duas novas ofertas: o cargueiro militar KC-390 e a família remotorizada de seus aviões regionais.

Com expectativa de aprovação do plano e do fornecedor para o novo motor dos E-Jets "nos próximos meses", a EMBRAER planeja impulsionar as vendas de seus aviões regionais, disse o presidente da Embraer Aviação Comercial, Paulo Cesar de Souza e Silva, durante almoço de fim de ano com jornalistas nesta quarta-feira.

A atual família de E-Jets fez da EMBRAER a maior produtora mundial de jatos regionais, mas a rival BOMBARDIER conseguiu uma grande encomenda da Delta Airlines na semana passada, ajudando a canadense a liderar as vendas no segmento até aqui em 2012.

A EMBRAER espera voltar à carga com sua próxima geração de E-Jets, com expectativa de oferecer até 15 por cento de economia de combustível, mas também está apostando em sua unidade de defesa para compensar os ciclos voláteis na aviação comercial.

A empresa deve ter um preço definido para seu cargueiro KC-390 no primeiro trimestre de 2013, permitindo o início de campanhas de vendas e a assinatura de contratos firmes com forças aéreas de diversos países que assinaram cartas de intenção para comprar a aeronave, disse o presidente da EMBRAER Defesa e Segurança, Luiz Carlos Aguiar.

Neste ano, a unidade de defesa deve ter receita em torno de 1 bilhão de dólares, acima da projeção inicial da Embraer, de 950 milhões de dólares.

Ainda sobre 2012, o presidente-executivo da Embraer, Frederico Curado, disse que a empresa está "bastante próxima" de atingir as metas para receita e margens.

Em fevereiro, a Embraer previu receita líquida de 5,8 bilhões a 6,2 bilhões de dólares para este ano.

As ações da EMBRAER tiveram queda nesta sessão de 1,47 por cento, enquanto o Ibovespa perdeu 0,25 por cento.

A ausência de grandes encomendas de aviões regionais reduziu a carteira de pedidos (backlog) da EMBRAER, um indicador da receita futura, para o menor patamar em seis anos em setembro, levando alguns analistas a sugerirem que a empresa pode ter que cortar a produção no ano que vem.

A EMBRAER continua com a estimativa de manter estável a produção em 2013, se conseguir fechar novas vendas em 2013.

"Nossa visão é manter o nível de produção. Se tivermos que fazer uma pequena redução (na aviação comercial), será compensada por crescimentos em outros negócios. Nossos funcionários não devem ter preocupação com nível de emprego", afirmou Curado.

GRANDE PEDIDO NOS EUA

A maior chance de um grande pedido para a EMBRAER na aviação comercial é da American Airlines, segundo executivos da fabricante, depois que a controladora AMR negociou um novo acordo trabalhista para permitir aviões maiores na frota regional.

A EMBRAER está em conversas preliminares com a American Eagle, que agora pode voar jatos de até 76 assentos, disse Silva, acrescentando que a companhia aérea deve pedir ofertas formais de fabricantes de jatos nas próximas semanas.

Campanhas de vendas para US Airways e United Continental envolvendo grande quantidade de aeronaves também são promessas, afirmou Silva, acrescentando que importantes empresas aéreas dos EUA terão que fechar acordos para renovar suas frotas nos próximos 18 meses.

A versão remotorizada dos E-Jets também poderá ampliar as vendas a partir do segundo semestre de 2013, bem como o KC-390, embora as entregas de tais produtos sejam esperadas apenas para 2018 e 2015, respectivamente.

Depois da remotorização dos E-Jets, Silva disse que a EMBRAER poderá desenvolver um novo avião de até 150 passageiros para entrada em serviço depois de 2025. Ele afirmou que tal desenvolvimento dependerá da decisão das gigantes Boeing e Airbus de se concentrarem ou não em aviões de maior porte.
 

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