MARINHA DO BRASIL
DIRETORIA-GERAL DO MATERIAL DA MARIHA
Navio-Patrulha Oceânico “Amazonas” é transferido para o
Setor Operativo da Marinha do Brasil
Rio de Janeiro, 08 de novembro de 2012.
No dia 14 de novembro, às 15h, no Cais Sul do Arsenal de Marinha do Rio de Janeiro, o Navio-Patrulha Oceânico (NPaOc) “Amazonas”será transferido do Setor do Material para o Setor Operativo da Marinha, em cerimônia presidida pelo Comandante de Operações Navais, Almirante-de-Esquadra Gilberto Max Roffé Hirschfeld.
Vindo de uma viagem de aproximadamente dois meses de trânsito pelas Costas da Europa, África e América, o NPaOc “Amazonas” chegou ao Rio de Janeiro no dia 05 de outubro, concluindo seu roteiro em direção ao Brasil, depois de incorporado à Marinha, no dia 29 de junho em Portsmouth, no Reino Unido.
O navio, construído pela empresa BAE Systems Maritime – Naval Ships, recebe o mesmo nome da classe em que se enquadra, “Amazonas”, que contará com mais dois de sua classe até 2013: NPaOc “Apa” e NPaOc “Araguari”, todos importantes rios brasileiros. O NPaOc “Amazonas” teve sua construção iniciada em 15 de fevereiro de 2008, com o batimento de quilha em 15 de junho do mesmo ano. Foi lançado ao mar em 10 de fevereiro de 2009 e sua prontificação concluída em setembro de 2010.
A aquisição dos três Navios-Patrulha Oceânicos agrega importante valor para que a Marinha possa intensificar as ações de Patrulha e Inspeção Naval, voltadas à segurança do tráfego aquaviário, prevenção da poluição ambiental e, ainda, para o aumento da capacidade de Busca e Salvamento (SAR), ao longo da extensa área marítima sob a responsabilidade do Brasil.
Durante a viagem em direção ao Rio de Janeiro, o navio atracou nos portos de Lisboa (Portugal), Las Palmas (Espanha), Mindelo (Cabo Verde), Cotonou (Benim), Lagos (Nigéria), São Tomé (São Tomé e Príncipe), Natal (RN – Brasil), Salvador (BA – Brasil) e Arraial do Cabo (RJ – Brasil). No Continente Africano, realizou exercício de demonstração de ações antipirataria e treinamentos de manutenção entre navios com a Guarda Costeira de Cabo Verde, a Força Naval do Benin, a Marinha da Nigéria e a Guarda Costeira de São Tomé e Príncipe, além da realização de visitas protocolares e públicas.
Ao chegar ao Brasil, o NPaOc foi homologado para realizar operações aéreas em Natal. Depois, já em Salvador, o navio ficou aberto à visitação pública e passou por uma Vistoria de Segurança de Aviação (VSA) estática, que tem como propósito verificar o nível de adestramento da tripulação, os procedimentos escritos e toda documentação afeta aos adestramentos e à prevenção de acidentes aeronáuticos, com diversos exercícios simulados sem a aeronave. Chegando ao estado do Rio de Janeiro, o navio ficou fundeado na Enseada do Forno, na cidade de Arraial do Cabo, realizando a VSA dinâmica, já com a presença da aeronave. Nesta fase foram realizados diversos pousos e decolagens e foram testadas todas as situações de emergência, como perda de comunicações, pane na aeronave, crash no mar, crash no convoo seguido de incêndio, entre outras.
Saiba mais sobre o “Amazonas”
Navio-Patrulha Oceânico “Amazonas”
Emprego
Os Navios-Patrulha destinam-se ao patrulhamento das Águas Jurisdicionais Brasileiras (AJB), devendo executar diversas tarefas, dentre elas a de, em situação de conflito, efetuar patrulha para a vigilância e defesa do litoral, de áreas marítimas costeiras e das plataformas de exploração/explotação de petróleo no mar e contribuir para defesa de porto; e, em situação de paz, promover a fiscalização que vise ao resguardo dos recursos do mar territorial, zona contígua e zona econômica exclusiva (ZEE), de repressão às atividades ilícitas (pesca ilegal, contrabando, narcotráfico e poluição do meio ambiente marinho), contribuir para a segurança das instalações costeiras e das plataformas marítimas contra ações de sabotagem e realizar operações de busca e salvamento na área de responsabilidade do Brasil.
O Navio-Patrulha Oceânico “Amazonas” foi projetado e construído para atender às necessidades de fiscalização de extensas áreas marítimas. Devido à sua grande autonomia e capacidade de operar com aeronave orgânica (helicóptero) e duas lanchas, contribuirá com os demais navios da Marinha do Brasil na proteção e fiscalização de nossa “Amazônia Azul”.
Características Gerais
– Comprimento total: 90,5 m;
– Boca: 13,5 m;
– Calado de Navegação: 6,0 m;
– Deslocamento carregado: 2.060 ton;
– Velocidade máxima: 25 nós;
– Raio de ação a 12 nós: 4.000 MN;
– Autonomia: 35 dias;
– Capacidade de carregamento: 06 conteineres de 15 ton.
Propulsão
O navio possui um arranjo de propulsão composto de dois Motores de Combustão Principal MAN 16V28/33D, de 7.350 HP, acoplados cada um a uma linha de eixo com hélice de passo controlado, por meio de uma engrenagem redutora. Possui, ainda, um equipamento de “bow thruster” para auxílio nas manobras. As variações de velocidade são efetuadas com combinações da rotação do eixo com o passo dos hélices e podem ser comandadas, remotamente, do passadiço, ou do Centro de Controle das Máquinas (CCM), havendo a possibilidade de controle local na praça de máquinas.
Geração de Energia
O Sistema de Geração de Energia do navio é composto por três Motores de Combustão Auxiliares Caterpillar de 550kW e um Diesel Gerador de Emergência Caterpillar de 200kW.
Armamento
O navio possui como armamento principal o canhão MSI DS30M – Mk 44 de 30mm, dois canhões MSI DS25M – M242 de 25mm, duas metralhadoras 12,7mm (.50) removíveis, dois pontos para montagem de fuzil 7.62mm e dois lançadores de foguetes iluminativos.
Tripulação
Além do Comandante, o navio tem uma tripulação de 80 militares, sendo 11 Oficiais e 69 Praças. Possui a capacidade adicional de transportar mais 39 militares como tropa embarcada.