Estas bases são um presente dos militares ao 18o congresso do Partido Comunista da China (PCC). A China precisa de grandes avanços na véspera deste importante evento político. A colocação em serviço do primeiro porta-aviões chinês e o anúncio do programa de pouso na Lua são outros exemplos da mesma série.
Anteriormente, a China anunciara a sua intenção de criar 11 bases para drones até 2015. As duas primeiras bases surgirão no nordeste do país. Esta é a área de maior atividade militar não só na Ásia, mas em todo o mundo. Em um ano, são realizados na zona cerca de 10 exercícios militares com a participação de marinhas e forças aéreas de EUA, Japão, Coreia do Sul.
A China tão pouco fica para trás deles, porque considera a área como uma zona de sua influência. Drones chineses vão coletar dados de vídeo sobre os exercícios militares dos vizinhos e também coordenar as ações das forças aéreas e navais da China nos mares Amarelo e da China Oriental.
Serão os drones chineses equipados com armamentos? Não há uma resposta clara, embora se saiba que, além de drones de reconhecimento, a China está desenvolvendo drones de ataque também.
Muito provavelmente, a China irá inicialmente usar os VANTs para reconhecimento e para guiar seus mísseis balísticos anti-navais DF-21D. Os assassinos de porta-aviões, como são chamados pela mídia chinesa, irão garantir a supremacia em 70% das águas do Mar da China Meridional. Os restantes 30%, no futuro, poderão ser controlados por porta-aviões chineses.
Na China estão sendo desenvolvidos e estão em serviço cerca de 30 VANTs de várias modificações. Seu papel no re-equipamento do exército chinês só vai aumentar, refere Denis Fedukinov:
"A intensificação da atividade e o reforço da Força Aérea da China não podem deixar de preocupar os países limítrofes. Isto, em parte, explica o desejo dos países vizinhos da China de comprar equipamentos semelhantes".
A Coreia do Sul, com o apoio dos EUA, está desenvolvendo seu próprio programa de criação de drones, apesar de o considerar demasiado caro. Para além disso, não é de crer que os outros países da região assistam passivamente aos voos de drones chineses perto de suas fronteiras.