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A Marinha esclarece

O diretor do Centro de Comunicação Social da Marinha do Brasil, vice-almirante Paulo Maurício Farias Alves, prestou esclarecimentos a esta coluna, a propósito da nota "Política de Defesa pode criar uma super Embraer", publicada no último dia 16, no MONITOR MERCANTIL: "A Marinha do Brasil (MB) esclarece que a tecnologia em processo de transferência à Fundação Atech está relacionada apenas ao Sistema de Combate do Submarino, com vistas à futura participação dessa fundação no processo de manutenção, participando, ainda, do desenvolvimento de software para o Tactical Data Link. Portanto, o processo de transferência não inclui o Sistema de Instrumentação e Controle do futuro reator nuclear do Laboratório de Geração de Energia Núcleo-Elétrica (Labgene), cujo desenvolvimento está contratado pelo Centro Tecnológico da Marinha em São Paulo (CTMSP) à empresa Atech S/A. Cabe destacar que, conforme os termos do acordo celebrado entre os governos do Brasil e da França, não há transferência de tecnologia na área nuclear, o que inclui o Sistema de Instrumentação e Controle do reator. Desse modo, a Atech S/A está contratada para desenvolver e não ser depositária dessa tecnologia".

O esclarecimento é importante, pois, cada vez mais, a opinião pública está atenta ao que ocorre na área de defesa. O projeto de construção de cinco submarinos pela Marinha – sendo o último deles de propulsão nuclear – é de grande relevância.

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CCSM
19/10/2012

Nota de Esclarecimento ao Site “Monitor Digital”

Senhor Editor,

Em relação à matéria intitulada “Política de defesa pode criar uma super Embraer”, de autoria de Sérgio Barreto Motta, publicada em 16 de outubro, na coluna Primeira Linha, do site “Monitor Digital”, a Marinha do Brasil (MB) esclarece que a tecnologia em processo de transferência à Fundação ATECH está relacionada apenas ao Sistema de Combate do Submarino, com vistas à futura participação dessa Fundação no processo de manutenção, participando, ainda, do desenvolvimento de software para o "Tactical Data Link". Portanto, o processo de transferência não inclui o Sistema de Instrumentação e Controle do futuro reator nuclear do Laboratório de Geração de Energia Núcleo Elétrica (LABGENE), cujo desenvolvimento está contratado pelo Centro Tecnológico da Marinha em São Paulo (CTMSP) à empresa ATECH S/A.

Cabe destacar que, conforme os termos do Acordo celebrado entre os governos do Brasil e da França, não há transferência de tecnologia na área nuclear, o que inclui o Sistema de Instrumentação e Controle do reator. Desse modo, a ATECH S/A está contratada para desenvolver e não para ser depositária dessa tecnologia.

Atenciosamente,
PAULO MAURICIO FARIAS ALVES
Vice-Almirante
Diretor

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Nota publicada no site Monitor Digital/Monitor Mercantil
 

16/10/2012 – 20h35

PRIMEIRA LINHA
Política de defesa pode criar uma super Embraer

Através da Atech S/A, a Embraer está sendo contratada para desenvolver o Sistema de Instrumentação e Controle do futuro reator nuclear para a propulsão do submarino. A contratação do Labgene (Laboratório de Geração Núcleo-elétrica) já foi publicada no Diário Oficial.

Ela tem origem em processo que se estende por cerca de dois anos quando a Fundação Atech, por ser instituição sem fins lucrativos, sem donos e, portanto, não podendo ser vendida, foi vista pela Marinha como um bom caminho para ser depositária de tecnologia tão sensível. Surpreendentemente, aparece a Atech S/A, empresa criada pelos diretores da fundação, como sendo a contratada para este trabalho.

Já através da Harpia, a Embraer está promovendo a "nacionalização" do Vant modelo Heron 450, da israelense Elbit, adquirido pela FAB. Há a previsão de aquisição de mais unidades. E mais: a Embraer, através da Atech S/A, detém o controle das manutenções, evoluções e expansões do milionário Sistema de Controle do Tráfego Aéreo e de Defesa Aérea sobre todo o território nacional.
Isto aconteceu porque todos os contratos deste sistema, que estavam em execução pela Fundação Atech, organização que foi a efetiva integradora do Sivam e desenvolvedora destes Sistemas da FAB, foram, da noite para o dia, transferidos da Fundação para a Atech S/A que, logo após criada, foi vendida para a Embraer.

Fala-se que a empresa privada Atech S/A irá receber mais contratos remanescentes da Fundação Atech com a Marinha: o contrato para apoio ao gerenciamento do desenvolvimento do míssil anti-navio e o contrato com a francesa DCNS para a absorção de tecnologia do sistema embarcado nos submarinos Scorpene.

Diz um analista: "O que podem esperar as demais empresas deste setor, algumas de excepcional capacidade tecnológica, mas ainda pequenas? Serem apenas subfornecedoras, sempre sobre o jugo de uma só monopolista? Bem, ainda restam os navios de superfície. Os navios de patrulha, as futuras fragatas, os futuros porta-aviões planejados pela Marinha. Será que também vão ser contratados, direta ou indiretamente, através da Embraer?". (Monitor Mercantil)

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