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Celso Amorim diz que caças virão, mas evita detalhes

O ministro da Defesa, Celso Amorim, disse nesta terça-feira, ao final da cerimônia do dia do aviador, na Base Aérea de Brasília, que "os caças virão", sinalizando que o Brasil não desistiu de reforçar a sua frota aérea. Mas o ministro não quis precisar nem quando haverá uma decisão sobre o assunto nem sobre que modelo será escolhido para o projeto FX2. "Não adianta perguntar porque não vou satisfazer esta curiosidade nem sobre quando nem sobre quem. Mas é certo que os caças virão", disse Amorim, desconversando sobre quando o governo poderá decidir sobre a compra dos novos aviões supersônicos, que vem se arrastando há mais de uma década. "O governo tem procurado dotar a Força Aérea de meios adequados, mas todo mundo pensa só em caças. E eu posso dizer que os caças virão", reiterou.

Nesta segunda-feira (22), a presidente Dilma Rousseff se encontrou com o ex-presidente francês Nicolas Sarkozy, mas o governo nega que o assunto compra dos aviões militares Rafale, fabricados pela Dassault, tenha entrado na pauta. Em 2010, o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva chegou a apontar que o governo escolhera o Rafale, durante visita ao Brasil do ex-presidente Sarkozy, mas depois se viu obrigado a voltar atrás, por causa das pressões da Força Aérea, já que o processo estava em andamento, e das concorrentes norte-americana Boeing e sueca Saab. No momento, o processo está parado, esperando sinalização da presidente Dilma Rousseff.

Na sua fala aos aviadores, o ministro Amorim salientou que aviões patrulha e helicópteros foram comprados e estão fazendo vigilância em nossas fronteiras e no Atlântico Sul, mas reconheceu que o País precisa de "aviões adequados para rechaçar qualquer ameaça ao território", referindo-se indiretamente aos caças FX, sem definição ainda para serem adquiridos. Amorim lembrou que o Brasil é um país pacífico, que vive em paz com seus vizinhos, mas que "não pode descuidar da sua defesa".

A presidente Dilma Rousseff, por sua vez, em sua mensagem à Força Aérea, preferiu também não falar sobre os caças, limitando-se a reiterar o seu compromisso com a Estratégia Nacional de Defesa (END) e genericamente citar o fortalecimento da Força Aérea Brasileira para a realização de sua missão constitucional. Disse ainda que está trabalhando pelo desenvolvimento da indústria de defesa, pelo estímulo à aviação, acrescentando que tem "compromisso com a modernização da infraestrutura portuária brasileira" para "oferecer serviços aéreos à altura das expectativas da sociedade brasileira".

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