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EUA acusam China de espionagem digital

O Comitê de Inteligência da Câmara dos Representantes dos EUA pediu ontem que empresas americanas sejam impedidas de executar fusões com duas empresas chinesas de telecomunicação. Após uma investigação de um ano feita pelos deputados, o painel recomendou que o governo não use equipamentos das gigantes Huwaei e ZTE e as empresas americanas busquem fornecedores alternativos.

Segundo a comissão da Câmara, essas empresas representam uma ameaça de segurança nacional por fazer ciberespionagem para o Exército chinês. Os deputados solicitam ainda que o Comitê de Investimentos Estrangeiros recomende o bloqueio de qualquer transação envolvendo companhias chinesas.

O estudo foi apresentado pelo deputado Mike Rogers, republicano de Michigan, e Dutch Ruppersberger, democrata de Maryland, que comandam a comissão.

Em depoimento ao comitê, funcionários das duas empresas disseram que programas que poderiam servir para ciberespionagem eram apenas falhas de software.

A Huwaei tem sido alvo de críticas nos Estados Unidos há anos, especialmente do Departamento de Defesa, que questiona os vínculos da empresa com o Exército chinês.

O relatório é o mais recente episódio de um confronto sensível entre Estados Unidos e China na área comercial. Em meio à campanha eleitoral americana, o pedido dos deputados deve repercutir na corrida presidencial.

Tanto o democrata Barack Obama quanto o republicano Mitt Romney já destacaram a importância dos laços comerciais com a China e a necessidade de os EUA agirem contra a desvalorização do yuan, que estimula as exportações chinesas em detrimento das americanas.

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