A construção de novas usinas nucleares vai depender da definição do novo Plano Nacional de Energia, que está sendo feito pela EPE (Empresa de Pesquisa Energética).
O plano atual, de 2007, prevê de 4 a 8 usinas até 2030, no Nordeste e no Sudeste.
A revisão vai estender a projeção de demanda e oferta de energia até 2035. O local das usinas também pode mudar, segundo o assessor da presidência da Eletronuclear, Leonam dos Santos Guimarães.
A estatal responsável pela operação das usinas nucleares no país mapeou 40 pontos que poderiam receber novos empreendimentos -apenas no Acre, em Mato Grosso do Sul, no Rio Grande do Norte e na Paraíba não foram localizados possíveis terrenos.
Guimarães disse não ver problemas na possibilidade de permitir a entrada de parceiros privados, de forma minoritária, em usinas nucleares. Segundo ele, sócios poderiam agregar maior capacidade de investimento e conhecimento.
Ele ainda destacou que não há estudos específicos para isso, que dependeria de uma decisão do governo.
O Brasil conta com duas usinas nucleares em operação -Angra 1 e Angra 2. A construção de Angra 3 já foi iniciada, e a previsão é que comece a funcionar em 2015. Todas são operadas pela Eletronuclear.