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Dominó Árabe – Unicef: 1.600 morrem na Síria em uma semana

Estimativas do Fundo para a Infância das Nações Unidas, o Unicef, indicam que a semana passada foi a mais violenta nos 18 meses de conflito sírio. Segundo a instituição, 1.600 pessoas morreram no confronto entre as forças do ditador Bashar al-Assad e os rebeldes do Exército Livre da Síria. Sem dar detalhes, o porta-voz do Unicef, Patrick McCormick, afirmou que a estimativa incluía algumas crianças, mas não apresentou números.

O recrudescimento da violência marca também uma virada na estratégia militar das forças do presidente. Em agosto, os defensores de Assad passaram a usar amplamente ataques aéreos para esmagar o levante. Nesse mês também, a guerra civil se intensificou em Aleppo, a maior cidade e capital financeira do país, que até então seguia relativamente à margem do conflito. Segundo o Observatório Sírio de Direitos Humanos, 5.440 pessoas morreram em agosto, incluindo 4.114 civis. Desde o início da revolta, ativistas estimam que mais de 20 mil pessoas morreram.

O uso de ataques aéreos acelerou uma fuga de sírios para a Jordânia, a partir da cidade de Deraa. Cerca de 40 mil pessoas já cruzaram a fronteira.

Ontem, rebeldes sírios disseram ter colocado bombas dentro da sede do Estado-Maior do Exército, em Damasco.

Segundo a TV estatal síria, quatro pessoas ficaram feridas no que foi descrito como um ataque terrorista ao complexo do Estado-Maior do Exército no distrito fortemente vigiado de Abu Rummaneh, onde outra bomba matou quatro dos principais integrantes do governo há dois meses.

Declaração em vídeo deixada pela Brigada dos Netos do Profeta, uma divisão do Exército Livre da Síria, afirma que a operação mirou militares do Exército de Assad que têm planejado e ordenado os massacres contra o povo sírio. A mensagem foi exibida em canais árabes de TV por satélite.

Enquanto isso, as forças de Assad demoliram ao menos 20 prédios que abrigaram os insurgentes em áreas muçulmanas sunitas na capital. Na vizinhança de Hazza, fontes da oposição disseram que os militares invadiram a área e executaram 27 jovens.

– Qualquer jovem em idade de se tornar combatente parece ter sido capturado e morto – disse o ativista Obadah al-Haj, que fugiu da região.

Segundo a agência estatal síria, a explosão de um carro-bomba próximo de um campo de refugiados palestinos no subúrbio de Sbeineh, na capital, na noite de sábado, matou ao menos 15 pessoas, deixou vários feridos e danificou prédios na região.

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