A Helibras, fabricante de helicópteros no Brasil, está criando uma estrutura unificada de atendimento aos operadores da marca no país. O objetivo, segundo a empresa, é acompanhar o crescimento do mercado de aviação executiva e a expansão das suas atividades no Brasil, onde prepara para se transformar em uma das quatro bases industriais do grupo Eurocopter no mundo.
Para implementar a nova ferramenta de suporte ao cliente, a Helibras criou uma vice-presidência de Suporte ao Cliente e Serviços, comandada por Flávio Pires. "Nossa meta é aumentar a capacidade e a produtividade dos hangares e oficinas de manutenção e reduzir os prazos de entrega das aeronaves e conjuntos em manutenção", disse o executivo, que tem 27 anos de experiência na área de aviação.
Uma nova plataforma de logística, batizada de Bralog, segundo Pires, funcionará como uma ponta de entrada para agilizar as solicitações dos clientes de forma centralizada, fornecendo assistência técnica, venda de peças de reposição ou contratação de serviços de manutenção. O Bralog, diz Pires, também está sendo projetado para no futuro atender ao mercado de helicópteros da América Latina.
O trabalho de logística, conta o executivo, será feito por empresa especializada e a concorrência para a contratação já foi aberta. "Na segunda-feira [hoje] estaremos recebendo as propostas. Cerca de 18 empresas estão competindo."
Segundo Pires, este será o primeiro grande centro de serviços e peças da Helibras na América Latina. "Hoje esse trabalho é feito pela fábrica de Itajubá, mas também temos peças espalhadas por outras unidades no Brasil, o que dificulta a realização de um atendimento mais ágil e eficaz às necessidades do cliente", disse.
Para facilitar a liberação das peças importadas da fábrica da Eurocopter, na França, a Helibras está usando o regime de despacho aduaneiro Linha Azul, da Receita Federal, operado hoje por 50 empresas no Brasil. "Por esse regime conseguimos fazer o desembaraço das peças num período de oito horas. Dependendo da peça, esse tempo chegava a durar até 30 dias", disse.
A empresa está investindo cerca de R$ 70 milhões em estoque de peças principalmente para a frota dos helicópteros EC 725, que foi vendido para as Forças Armadas e também para a versão civil do modelo, o EC 225. Pires estima que até o fim de novembro a Helibras iniciará a operação da nova plataforma de logística.