Os organizadores dos Jogos Olímpicos de Londres pediram ao exército para que os soldados – cerca de 3,5 mil foram enviados para fazer a segurança dos Jogos depois que a G4S, empresa contratada, anunciou que não teria condições de mandar pessoal suficiente – não utilizassem as roupas normais e colocasse roupas menos agressivas, segundo o jornal inglês The Sun. Segundo o jornal, os militares ficaram furiosos com a solicitação e se recusaram a modificar as roupas utilizadas.
Os organizadores teriam afirmado ao exército que a utilização de fardas acabava intimidando as pessoas. Ao jornal, militares teriam afirmado que é essencial que o povo seja capaz de reconhecer os responsáveis pela segurança de maneira imediata. O Comitê Organizador de Londres negou ao jornal que tivesse feito o pedido.
De acordo com o jornal, um porta-voz de Londres afirmou que houve uma discussão no início do ano sobre as roupas utilizadas pelo exército durante os Jogos, mas o Ministério da Defesa decidiu que seria apropriado a utilização de fardas.
A G4S vem se envolvendo em uma série de polêmicas antes do início dos jogos. A empresa é acusada de permitir que funcionários e estagiários fraudem o sistema de testes de raio-x que detectam bombas caseiras ou armas, segundo informações do jornal inglês The Guardian. Segundo a publicação, os estagiários que erram no momento de verificar a existência nos testes de bombas nas máquinas recebem inúmeras outras oportunidades para conseguirem detectar o problema.
Na segunda-feira, um operador afirmou que garotas de menos de 20 anos faziam a segurança noturna em Londres ao jornal inglês The Independent. De acordo com a publicação, foram recrutadas jovens universitárias sem experiência para fazer a segurança de uma das sedes olímpicas. O jornal também afirma que um operador diz não se sentir confortável trabalhando com os funcionários da empresa, por muitos não possuírem nem o treinamento básico.
A G4S venceu uma concorrência de 300 milhões de libras (aproximadamente R$ 950 milhões) e deveria ter fornecido 10 mil seguranças para os Jogos, mas às vésperas da abertura da competição, marcada para 27 de julho, foi noticiado que a companhia deixou um rombo de 3,5 mil homens para promover a segurança. O exército teve de enviar os homens que faltaram para suprir a ausência de seguranças da empresa.