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Forças Armadas do Reino Unido apresentam mísseis para Olimpíada

Nesta quinta-feira, em um campo em Blackheath, subúrbio londrino, militares das forças armadas do Reino Unido apresentaram os mísseis que farão a proteção dos Jogos Olímpicos de Londres e que eles esperam não ter que usar.

Em caso de um ataque terrorista ao estádio olímpico, que abriga cerca de 80 mil pessoas, por exemplo, o míssil Rapier tem poder de fogo para derrubar um Boeing 747. O armamento, que tem alcance de até oito quilômetros, só será usado em último caso, esclareceu um porta-voz do exército britânico.

Especialistas em conflito creem que a probabilidade de uma arma dessas ser usada na Olimpíada é praticamente nula. Segundo Jan Wind, capitão reformado da marinha holandesa e consultor da Wiser Consultancy, em Haya, as consequências de se utilizar o Rapier são quase as mesmas provocadas por um ataque terrorista. “No caso de um Boeing ser abatido são cerca de 100 toneladas de destroços de metal caindo por terra. O cenário seria uma chuva de detritos, incêndios e muitas vítimas.

Ou seja, os terroristas teriam atingindo seu propósito de destruição”, alerta Wind. Revelar a localização e o tipo de armamento que será usado em uma ação — como o míssil Rapier e o jato Typhoon, que serão usados no esquema de segurança dos jogos — é fato raro no exército britânico. Mas a ideia por trás dessa apresentação é justamente dissuadir qualquer potencial ataque terrorista, ou seja, tem efeito de um aviso. Mísseis já foram utilizados no esquema de segurança dos Jogos de Atenas, em 2004, e Pequim, em 2008.

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