*** UNASUR, com chavista como Secretário-Geral, será a “observadora” na eleição presidencial venezuelana de 07 Outubro 2012.
*** Ministro equatoriano viaja para a China com o fim de negociar a dívida em nome de seu país e da Venezuela.
*** Banco del Sur nasceu sem Brasil e sem capital.
O governo venezuelano não recorrerá a OEA, mas sim a UNASUR, como organismo regional observador nas próximas eleições presidenciais. Vale resaltar que para outubro de 2012, segundo o acordado na UNASUR, a Secretaria Geral do organismo estará nas mãos de Alí Rodríguez Araque, ex-ministro venezuelano, muito próximo ao governo cubano desde os anos sessenta.
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A presença da UNASUR como observador eleitoral na Venezuela, foi anunciada em março passado pela atual Secretária-Geral, a colombiana María Emma Mejía, quando ainda o “Consejo Nacional Electoral venezolano” ainda não havia convocado oficialmente aos comícios de outubro. Mejía é candidata a ocupar a Embaixada da Colômbia, em Caracas, logo que passe a Secretaria a Rodríguez Araque.
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No marco da UNASUR está sendo elaborada uma estratégia encabeçada pelos governos da Venezuela e Equador, que busca declarar desnecessária a presença da OEA, tanto no campo eleitoral como no da Defesa dos Direitos Humanos.
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Já está redigido um documento denominado Estatuto del Consejo Electoral da UNASUR elaborado por um grupo técnico que concluiu suas tarefas em março. O Estatuto seria avaliado e aprovado pelas autoridades eleitorais dos distintos países da América do Sul, que se reuniram no Paraguai em fins de abril. Sandra Oblitas e Elvis Urbina assinaram em nome da Venezuela o projeto do Estatuto.
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UNASUR decidiu iniciar a criação de uma instância própria para “a coordenação de direitos humanos”. O objetivo da Venezuela e Equador, dos quais Brasil e Peru são convenientemente solidários, para desligar-se da Comissão Interamericana de Direitos Humanos, começar a tomar corpo. Por mandato dos Chanceleres da UNASUR, a solicitação do governo de Rafael Correa,já foi criado um Grupo de Trabalho que deverá reunir-se, em maio, em Quito.
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Oficialmente, desde 03ABR12, já existe o Banco del Sur. Neste dia o governo uruguaio entregou à Venezuela a ratificação do parlamento desse país do Convênio Constitutivo, juntando-se à Argentina, Equador e Venezuela. Mas o Banco nasceu sem a participação do Brasil, um dos principais financistas, e sem liquidez para iniciar suas atividades.
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O Banco del Sur forma parte de uma constelação de organismos internacionais que proliferaram na América do Sul, na segunda metade da década passada. Competindo com o Banco Interamericano de Desenvolvimento e com a Corporación Andina de Fomento, Hugo Chávez e Néstor Kirchner forçaram a aprovação de um novo organismo teoricamente para o financiamento de projetos de desenvolvimento. Brasil se juntou à aventura mais por amizade de Lula, que por convicção da burocracia de Brasília. De fato,o Congresso Brasileiro não tem considerado o respectivo convênio. Alan García e Álvaro Uribe simplesmente não participaram do projeto.
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Os aportes de capital programados para o funcionamento do Banco del Sur, obrigava a Venezuela, Argentina e Brasil a desembolsarem US$ 2 Bilhões cada um. Uruguai e Equador investiriam US$ 400 milhões, e Bolívia e Paraguai somente US$ 100 milhões. Embora os aportes menores de capital, todos os sócios têm o mesmo peso na condução do Banco.
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A capitalização do Banco, que deverá ser completada em 10 anos, será feita basicamente com papéis e títulos, não com dinheiro. Os US$ 400 milhões que deveria capitalizar o Uruguai, como exemplo, serão contabilizados a razão de US$ 40 milhões anuais. Embora em realidade o Uruguai só desembolsará US$ 8 milhões anuais em dinheiro e restante em “garantias” que daria o governo uruguaio.
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O plano das Forças Militares Colombianas é liquidar militarmente as FARC em um prazo de dois anos. A informação foi tornada pública pelo chefe do Estado-Maior Conjunto dos Estados Unidos, general Martin Dempsey. O chefe militar americano, que esteve na Colômbia em fins do mês de março, teve acesso em primeira mão os planos de guerra contra a guerrilha.
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O general Dempsey foi levado até a fronteira venezuelana-colombiana para mostrar uma das unidades de elite que a Colômbia tem deslocado para a região, em seu novo plano contra as FARC.
Dempsey juntamente com o general Alejandro Navas, Chefe das Forças Militares da Colômbia, visitou a sede da Força Tarefa Vulcão (Fuerza de Tarea Vulcano), em Tibú, departamento Norte de Santander, somente sete quilômetros da linha de fronteira com a Venezuela.
Vulcano é uma concentração de quase 3.000 efetivos militares provenientes das três Forças. Forma parte do novo esquema territorial de operações das Forças Militares Colombianas. No departamento de Arauca foi constituída igualmente a Fuerza de Tarea Kyron.
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O presidente Juan Manuel Santos está promovendo a exportação de assessoria militar.O tema foi tratado pelo mandatário tanto com o general Dempsey como com o presidente Barack Obama. Santos, em entrevista ao El Tiempo, de Bogotá, em 08ABR12, adiantou que os Estados Unidos estão “muito interessados”em que Colômbia ajude aos países centro-americanos e do Caribe na sua luta contra o narcotráfico. Poucos dias antes, Santos informou à revista brasileira Época, que a Colômbia recebeu solicitações de vários países da África Ocidental para “replicar” o Plano Colômbia.
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Em 03 e 04MAI12 se reunirão na Colômbia os ministros de defesa, interior, relações exteriores e de justiça dos doze países que integram a UNASUR. Segundo a informação oficial, está prevista a assistência do “General.en Chefe Henry de Jesus Rangel Silva – Ministro do Poder Popular para a Defesa, do “Sr.Tarek Zaidan El Aissami Maddah – Ministro do Poder Popular do Interior e Justiça”e do “Dr. Nicolás Maduro Moros – Ministro de Relações Exteriores” da Venezuela.
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Em julho de 2008, Hugo Chávez e Rafael Correa lideraram um ato em El Aromo, na província de Manabi, para a criação de uma empresa binacional com o propósito de construir uma refinaria de petróleo. A empresa foi constituída com 51% de participação acionária por Petroecuador e 49% da estatal venezuelana PDVSA. Após quatro anos de sua constituição, os sócios confessam que não têm dinheiro para construir a refinaria
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Quando criada a empresa, Correa informou que o projeto teria inversões de US$ 10 bilhões. Ante as críticas dos grupos ecologistas contra o projeto, Correa e Chávez criaram nesse dia um “Centro de Monitoração Ambiental e Responsabilidade Social”, e no programa do ato se incluiu o plantio de árvores. Um ano depois, PDVSA informou a abertura de um escritório comercial da "Refinaria do Pacífico Eloy Alfaro". Igualmente se supunha que uma empresa coreana (SKEC) estava concluindo a engenharia conceitual” do projeto. Em agosto de 2009, a empresa encarregada da refinaria procedeu a doação de equipamentos médicos a centros de saúde de Manta e Montecristi.
Quatro anos após a criação da empresa, a refinaria continua sendo um projeto. É ignorado os recursos gastos por ambos governos em estudos de engenharia ou de relações públicas.
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Em 21ABR12,no seu tradicional programa de Sábado, Rafael Correa anunciou que o engenheiro Jorge Glas, ministro de Setores Estratégicos, viajou à China para negociar o financiamento da refinaria do Pacífico. Correa afirmou que o valor solicitado à China é de US$ 13 bilhões, três bilhões mais que o estimado em 2008. Esta dívida, por tratar-se de uma empresa binacional, estaria sendo adquirida simultaneamente pelo Equador e China. É ignorado se a Venezuela deu poderes ao ministro equatoriano para negociar em seu nome.