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Brasil aguarda resposta da Bolívia quanto a denúncias de maus-tratos

Segundo a Agência Brasil, os abusos e violações teriam ocorrido na última quarta-feira.

Um dia depois, o Brasil enviou representantes do governo federal, da Polícia Federal e do governo do Acre até a cidade de Capixaba, a 77 quilômetros ao sul de Rio Branco.

Na sexta-feira, o encarregado de negócios da Embaixada do Brasil em La Paz, Eduardo Sabóia, foi recebido na Chancelaria boliviana, e o secretário-geral das Relações Exteriores, Ruy Nogueira, conversou com o vice-ministro de Relações Exteriores boliviano.

Em meio à crise, o Itamaraty disse que aguardará um pronunciamento oficial do governo de Evo Morales.

O governo do Acre manifesta preocupação recorrente com a segurança aos brasileiros na fronteira com a Bolívia.

De acordo com a Agência Brasil o problema é antigo e foi detectado há cerca de quarto anos.

Uma das origens da crise é uma lei da Bolívia que estabelece que estrangeiros não podem ser proprietários de terras em uma faixa de 50 km da fronteira.

Para tentar sanar o problema, um acordo entre os dois países foi fimado para colocar em prática de forma pacífica a retirada de brasileiros do território.

Violência

Ainda no final de março o governo de Evo Morales decidiu enviar mais de 3,2 mil militares às ruas de diversas cidades do país em uma tentativa de conter o aumento da violência.

A medida foi tomada após moradores da cidade andina de El Alto protestaram contra a insegurança.

A motivação do protesto foi o assasssinato de dois jornalistas, estrangulados em um ônibus quando se dirigiam ao trabalho.

Na época, o presidente boliviano reconheceu que a polícia não é suficiente para combater o crescente número de crimes nas ruas.

Segundo o correspondente da BBC na Bolívia, Mattia Cabitza, em El Alto e na principal cidade boliviana, La Paz, as patrulhas policiais são escassas.

Além disso, os policiais costumam ser mal pagos e frequentemente são envolvidos em acusações de corrupção.

A situação de segurança nessas cidades será reavaliada após 90 dias.

Críticos da medida, no entanto, afirmam que colocar militares não ruas não irá resolver o aumento da violência, que deveria ser enfrentado com medidas para reduzir a pobreza e o desemprego no país.

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