O ataque deveria acontecer após as eleições presidenciais russas, marcadas para o próximo domingo. Putin é o candidato favorito a vencer o pleito já no primeiro turno.
Os investigadores descobriram o plano em janeiro, após uma explosão em um apartamento em Odessa, no sul da Ucrânia, que matou uma pessoa. Outras duas foram presas e afirmaram trabalhar para o líder islâmico radical Doku Umarov, inimigo número um do Kremlim.
Um dos detidos teria afirmado às autoridades que "os preparativos para o ataque estavam prontos e já havia até uma data para o atentado, logo após as eleições presidenciais". Uma carga de explosivos havia sido levada até Moscou e aguardava o momento da execução do plano em uma importante avenida da capital, normalmente utilizada para cortejos oficiais. Uma fonte do serviço secreto afirmou que as bombas encontradas eram suficientemente poderosas para destruir um caminhão. Um computador encontrado no local continha dezenas de informações sobre os dispositivos de segurança de Putin.
O outro suspeito contou que o grupo havia chegado dos Emirados Árabes Unidos através da Turquia e aprendeu a preparar explosivos na Ucrânia. O porta-voz de Putin declarou estar a par da tentativa de atentado, mas recusou-se a comentar o caso.
Segundo as pesquisas eleitorais, o primeiro-ministro deve vencer com entre 58 e 66% dos votos, apesar de fortes protestos contra a sua permanência no poder, realizadas na capital como em outras cidades importantes do país, como São Petesburgo.