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Comentário Gelio Fregapani – O IBAMA; Recursos naturais e Guerra e ameaça á Coesão Nacional

Assuntos: O Ibama; Recursos naturais e Guerra e ameaça á Coesão Nacional
 
 Ibama – A Gota d´água?

– O IBAMA multou em R$ 7 milhões o Consórcio responsável pela construção da Usina Hidrelétrica de Belo Monte por atraso na implementação do Projeto Básico Ambiental da obra. Qual a multa que deveriam receber por terem atrasados de muitos anos o início da construção?
     
– O IBAMA  impede ao Exército de completar o asfaltamento da BR 319, (Porto Velho-Manaus). Essa estrada havia sido construída e asfaltada no Governo Militar e destruída na Nova República. As populações ao  longo da BR vivem marginalizadas enfrentando dificuldades, mas o Ibama aparenta, estar mais preocupado com cacos de cerâmica e pequenos detalhes na confecção de documentos do que com os brasileiros carentes e desassistidos. Que nada, é só pretexto para não deixar asfaltar.
    
– Foram impedidos mais dois projetos para retirar os temidos troncos semi submersos do Madeira/Amazonas : o da Hidrelétrica de Santo Antônio foi vetado e o da Hermasa de Itacoatiara, multado por estar aproveitando estes rejeitos arbóreos em suas caldeiras.  Esses perigosos obstáculos tem causado muitas mortes e grande prejuízo à navegação dos pequenos barcos. Nada disto comove o todo poderoso Ibama, que com essas medidas já matou mais gente do que qualquer serial kiler. Coisas de funcionários a soldo de parceiros estrangeiros. Felizmente essa política entreguista e desnacionalizadora parece estar chegando ao fim.
   
 Mas até quando?
 
A sinistra mensagem da Líbia

Nos círculos militares se entendeu com clareza a ameaçadora mensagem enviada pelas potências com a agressão à Líbia, aplicando ao seu bel prazer, os termos da “Exclusão Aérea”, Resolução aprovada na ONU.
 
Especialistas militares brasileiros consideram que a intervenção rapinadora sobre as riquezas da Líbia são também ensaios e testes para ações mais amplas e generalizadas que podem ser aplicadas contra todo e qualquer país que possua riquezas naturais e posição independente no cenário internacional. O figurino serve para o Brasil,  tal como a Líbia, que abandonou seu programa nuclear, o Brasil também desarmou-se unilateralmente durante o vendaval neoliberal. 

A indústria bélica brasileira foi praticamente levada ao chão, configurando-se, agora, um perigoso cenário: é possuidor de imensas reservas de petróleo descobertas, como também de urânio, de nióbio, de água, de biodiversidade, e , simultaneamente, não possui a mínima capacidade de defesa.

Já passa da hora de despertar.
 
A Terra, os recursos naturais e a Guerra
       
Todos os países, sem exceção, obtiveram seu território atual por lutas, ao menos originalmente. Certamente  nenhum seja autóctone das terras que hoje ocupa, nem mesmo os índios, que tudo indica terem exterminado habitantes anteriores, os quais também devem ter vindo de outro lugar.
      
Sendo impossível reparar o mal já feito que se estende por séculos até tempos imemoriais, a justiça seria manter o status quo? É difícil concodar. Vejamos exemplos: no caso Israel/Palestina; quem tem direito? – Todos, é claro!
      
Nas Malvinas a guerra não é por uma questão de “Honra Nacional”. É  pelo controle dos reservatórios de petróleo e gás existentes nas bacias submarinas das ilhas.  Kirchner prepara documentos demonstrando a pertinência das reivindicações de sua nação sobre as ilhas. Com  quem está o Direito? No caso com quem melhor se preparou.
       
A Argentina destruiu suas Forças Armadas. Ela esbraveja, mas acredita mais em seus direitos do que em seus soldados Não tem direito ao que não pode defender, por mais papéis que apresente.
      
No nosso caso, territorialmente interessaria a manutenção do status quo; economicamente não. È certo que pelo atual consenso internacional temos direito ao território que os bandeirantes conquistaram para nós, seus descendentes, e para os imigrantes que convidamos a compartilhar conosco, mas quem liga para o “Direito”? – O Direito reside na força, e a guerra é o tribunal superior. Riquezas e debilidade militar sempre será um convite aos rapaces.
      
Ainda outro dia Tio Sam experimentou, cheio de razão, uma “bomba supersônica”.
Os ex-presidentes Collor e FHC impediram o desenvolvimento de um artefato nacional, sem contrapartida e dizem que promoveram a paz….” Ledo engano. Ou são traidores ou não enxergaram um palmo à frente do nariz
      Brasil, desperta! A nação que confiar mais em seu direito do que em seus soldados, engana a si mesma e termina por perder o que tem 
 
Uma ameaça mais imediata: Fissuras na coesão social
      
Por incrível que pareça, o Lula, conseguiu uma coesão social não vista desde os tempos do presidente Médici. Não importa se foi com sua política assistencialista ou se auxiliado pelos preços das commodities, o fato é que conseguiu, apesar dos percalços na política indigenista e o descaso com a segurança. Bem, ele sabia convencer, e enquanto a economia ia bem, tudo o mais se relevava. Até a incompetência e a corrupção.
      
A partir de certo momento a situação mundial se torna menos favorável; a China inicia a importar menos. A balança de pagamentos deixa de ser superavitária. O desleixo. a corrupção e o assistencialismo impossível de se sustentar iniciam a apresentar sua conta. É nesse cenário que a Dilma terá que viver. A grita dos injustiçados da caótica política indigenista, do dólar baixo que mata a industria,dos impostos e juros escorchantes, da corrupção generalizada e da ausência de segurança, que antes eram abafadas pela prosperidade geral, começam a ser ouvidas, e tendem a aumentar. E assim a encontrar eco na população.
      
Reconhecemos na presidente Dilma superiores qualidades e maior competência em comparação com os anteriores governos da Nova República, mas com o barco da economia dando sinal de fazer água terá que prestar atenção as reclamações dos que se sentem injustiçados, A ameaça da Funai no Mato Grosso do Sul tem potencial explosivo. As declarações da ministra dos Direitos Humanos podem causar fortes reações nas Forças Armadas. A cartilha do Haddad e as posições da Min. Da Mulher podem virar contra ela a maioria da população, bastante religiosa e ciosa dos valores familiares cristãos que embasaram a nossa sociedade.
     
Além das divisões étnicas e partidárias ainda se agitam grupos. Felizmente pequenos, tipo “o sul é o meu país”.  Esperemos que a presidente não vacile.
 
Que Deus guarde a todos vocês

Gelio Fregapani

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