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Reino Unido defende na ONU sua presença militar nas Malvinas

O Reino Unido insistiu que a soberania das Malvinas é britânica e defendeu sua presença militar nas ilhas, depois que a presidente argentina, Cristina Kirchner, anunciou que apresentará um protesto na ONU pela "militarização" do arquipélago.

"Nossa posição quanto a este assunto não mudou em todo este tempo e é bastante clara: só negociaremos a soberania das ilhas se seus habitantes quiserem negociá-la, o que não ocorre no momento", indicou à agência EFE um porta-voz da Missão do Reino Unido na ONU após o anúncio de Cristina.

O porta-voz mostrou cautela sobre o protesto que a Argentina quer apresentar nas Nações Unidas e assinalou que agora "é preciso esperar para ver", mas aproveitou para destacar que o Reino Unido já deixou claro em diversas oportunidades na ONU que a soberania das ilhas é britânica e também defendeu sua presença militar nas Malvinas.

O funcionário britânico citou a carta enviada há apenas dez dias pelo embaixador britânico, Mark Lyall Grant, ao secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, para que este a divulgasse aos Estados-membros.

"A presença militar defensiva do Reino Unido nas Falkland (Malvinas) só existe com o objetivo de defender os direitos e a liberdade dos habitantes das ilhas para determinar seu próprio futuro político, social e econômico", diz a carta, que podia ser consultada nesta terça-feira no site da ONU.

A carta reitera que, "aproximadamente a cada seis meses, o Reino Unido realiza exercícios militares de rotina com mísseis de curto alcance nas ilhas".

O embaixador britânico ressalta ao secretário-geral que, "em contraste com a posição da Argentina, a posição dos governos do Reino Unido e das Falkland (Malvinas) se baseia firmemente no princípio vinculativo e fundamental das Nações Unidas da livre determinação de todos os povos".

O diplomata detalha na carta que "o Reino Unido segue acreditando que há muitas oportunidades de cooperação no Atlântico Sul", apesar das atitudes da Argentina em sentido contrário nos últimos anos.

"O Reino Unido formulou uma série de propostas para diferentes tipos de cooperação e segue sumamente interessado em fomentar uma relação construtiva com a Argentina", acrescenta a carta.

Cristina Kirchner anunciou nesta terça-feira que apresentará um protesto nas Nações Unidas pela "militarização" das Malvinas por parte do Reino Unido, que ocupa o arquipélago desde 1833.

Cristina disse que a Argentina interpreta como uma "militarização do Atlântico Sul" o envio por parte de Londres do MS Dauntless, o destroier mais moderno da Marinha Real britânica.

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