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Comentário Gelio Fregapani – Grécia; Impunidade; no Mundo e no Brasil

Assunto: Grécia; Impunidade; no Mundo e no Brasil
 

A Grécia acabou

O berço de nossa civilização se encontrsa em um plano inclinado que a conduzirá a um abismo. Creio que nada poderá salvá-la.

Não me refiro aos problemas econômicos. Estes são parte da desgraça, mas não seu âmago. Seu problema básico é a taxa de natalidade, de 1,3 filhos por mulher, o que lhe reduz a população de quase um terço por geração.

É isto mesmo. A Grécia se despovoará, e será ocupada pelos muçulmanos turcos, bem mais prolificos. Cada vez existirão menos jovens trabalhando e cada vez mais velhos recebendo benefícios que nenhum tesouro nacional poderá sustentar sem uma riqueza extra como o petróleo. Em consequencia a Grecia terá que adotar severas medidas de austeridade o que aumentará o desemprego. Com isto os casais evitarão ter mais filhos, agravando ainda mais a situação.

Há solução para eles? Claro que há, mas não as descreverei. É problema deles. Este assunto é só para alertar o que pode acontecer conosco se trilharmos esse caminho suicida
 
A Impunidade e o Perdão
     
Não dá para condenar totalmente o Lula. Pode ser despreparado, mas é um homem de sorte. Sua popularesca e inconsequente política de distribuição de bolsas foi o que o Brasil precisava durante a crise financeira mundial; manteve funcionando a nossa indústria, a agricultura e o comércio enquanto definhavam nos países que adotaram as “corretas” medidas de austeridade, Claro que “frentes de trabalho” teriam sido mais produtivas e mais dignas, mas o assistencialismo do Lula funcionou bem, ainda que seja  impossível de mantê-lo a longo prazo. Lula merece crédito também por ter interrompido as desnacionalizações em curso provocadas pelas ações entreguistas do FHC.
        
Entretanto a herança maldita da política de sujas alianças que Lula nos deixou criou uma maré vermelha de horrores. Qualquer gaveta que se abra, qualquer tampa de lata de lixo levantada faz saltar um novo escândalo da pesada. Parece não haver mais inocentes em Brasília e nos currais do País todo. As roubalheiras não são mais segredos de gabinetes. Por todo o País ouve-se um clamor exigindo punições. Afirma-se, com razão, que a impunidade é a mãe de todas as corrupções e que a corrupção é o problema do Brasil. Entretanto também se ouve um murmúrio da razão, que diz: olhem as consequencias. Punições podem até serem necessárias, mas o importante é fazer as coisas entrarem em ordem. Punições criam antagonismos e o perdão, concertados os erros e os malfeitos, ajudam a união. Vejam os exemplos de Caxias.
      
A tempestade se aproxima e quando a tempestade chega, uma casa dividida não para em pé.
 
No Mundo
     
Os EUA querem controlar o Irã não somente para proteger Israel, mas principalmente para satisfazer as suas próprias necessidades de energia. E querem ainda poder controlar a forma de pagamento das exportações do petróleo do país. Querem que o pagamento das exportações de petróleo do Irã seja feito em dólares.
      
A esperança americana é que a imposição de sanções possa substituir a guerra, mas é claro que alguma ação armada ocorrerá. É uma esperança sem fundamento: se a ação for circunscrita às instalações nucleares terá como consequência uma aceleração do programa, transformando-o em militar. Se mais generalizada, uma ação armada pode virar tragédia de dimensões épicas. Resta aguardar
      
Cartaz na Bolsa de N York – “O Lítio vale ouro”.   – E nós brasileiros, por mera coincidência, estamos deixando pra trás nossas reservas de lítio em Terras Indígenas
     
A recente onda de frio polar que atinge a Europa provocou mais de uma centena de mortes, confirmando que, em vez de aquecimento global, haverão muitas nevascas no hemisfério Norte, causadas pela fusão do gelo do Pólo e a consequente evaporação, que cairá sob a forma de nevascas      
 
 No Brasil   
      
O Banco Central (BC) tem deixado transparecer disposição em reduzir a taxa da Selic para 9.5% ao ano. Supondo que trabalha com uma expectativa de inflação (IPCA) de 5,5% estaria balizando o juro real em 4% ao ano. O que não é fora de uma realidade brasileira. Ainda uma das mais altas do mundo, mas um bom caminho.
     
O Presidente do STF nega que haja crise no Judiciário, e que falte a ele a confiança da população. Isto é o sinal claro que houve crise sim e as pesquisas de opinião indicam que a população não confia na justiça formal. Entretanto a última decisão do STF reconhecendo a autoridade dos STJ em investigar juizes suspeitos de corrupção trouxe nova esperança. Muita coisa vai melhorar. Viva Eliana Calmon!
  
Estão chegando haitianos aos magotes. Agravam-se as perseguições aos brasileiros no Paraguai e na Bolívia, que certamente trão de voltar, e estes são nossos patrícios. Temos que os acolher ainda melhor do que aos imigrantes. A crise econômica mundial e as oportunidades de nosso desenvolvimento já está trazendo técnicos em busca de trabalho, e se a crise mundial se agravar, virão hordas famintas. Preparemo-nos.
      
A greve da PM na Bahia propiciou o caos e a desordem, causadores de saques com dezenas de mortes. O governo estadual se apóia no sindicalismo, o que o inibe em matéria de repressão a greves. Foram ameaças desse naipe que provocaram o movimento de 1964.  É claro que nenhuma sociedade tolerará por muito tempo o caos estabelecido na Bahia. Situações assim só demonstram que o cidadão comum não pode delegar integralmente sua segurança pessoal ao Estado. É interessante que os apoiadores da greve são os mesmos que defendem o desarmamento civil. E não sabemos se movimentos assim chegarão ou não a outros Estados.
   
Estamos mal. Há relatos que a única empresa que fabrica munição de armas portáteis vende para o Exército por preço cinco vezes maior do que vende para o exterior. E há quem afirme que a tal empresa nem pertence a brasileiros, apesar do nome.
 
Ao que parece o SIVAM não assinalou a aeronave dos EUA marcando linhas na Amazônia. Claro, as imagens chegam primeiro em Porto Rico
 
Que Deus guarde a todos vocês
 
Gelio Fregapani

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