O ministro do Interior colombiano, Germán Vargas Lleras, considerou nesta quinta-feira "desnecessária" a intervenção de um país mediador, que seria o Brasil, na prometida libertação de seis policiais e militares em poder das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc).
"Não acreditamos que isso seja necessário neste momento. O Ministério da Defesa previu toda a logística pertinente para que essas libertações ocorram sem maior atraso", assinalou Vargas.
O ministro explicou, no entanto, que não há oposição do governo à participação do Brasil, uma vez que, se "fosse necessária por alguma circunstância particular de logística, não haveria nenhum inconveniente".
Por outro lado, Carlos Lozano, membro da organização Colombianos e Colombianas pela Paz (CCP), disse à rádio RCN que irá enviar mensagens ao Governo da Colômbia e ao Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) para pedir que não seja descartada a possibilidade de participação do governo brasileiro na operação.
"Nós insistimos para que o governo do Brasil participe, porque isso gera confiança. O Brasil foi bem quando participou de operações passadas", assinalou Lozano.
Nesta quarta-feira, por meio de um vídeo, o porta-voz internacional das Farc, Luciano Marín Arango, conhecido como "Ivan Márquez", disse que César Augusto Lasso, Carlos José Duarte e Luis Alfonso Beltrán são os outros três sequestrados que serão libertados junto a Jorge Trujillo, Jorge Humberto Romero e José Libardo Forero.